segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mensagem ao Povo de Aparecida


Caros irmãos no episcopado, sacerdotes, religiosos, religiosas e devotos presentes no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.


De Roma, onde me encontro para participar da Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que se iniciou hoje, domingo, com a Solene Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro, presidida pelo Santo Padre Bento XVI e concelebrada por todos os padres sinodais, saúdo a todos os presentes neste Santuário e aos que participam da novena pelos Meios de Comunicação Social.

Durante a Celebração Eucarística, junto ao túmulo de São Pedro, rezei pelos fiéis da Arquidiocese de Aparecida, pela família CAMPANHA DOS DEVOTOS e por todo o povo brasileiro.

Nesta noite, 8º. Dia da Novena, saúdo fraternal e particularmente aos queridos missionários redentoristas representantes das 5 Províncias e das 4 Vice-Províncias do Brasil, que se encontram neste Santuário.

Agradeço a Deus pela benemérita presença dos Missionários Redentoristas, que há mais de 100 anos vem se dedicando ao atendimento pastoral dos milhões de romeiros que, anualmente, visitam o Santuário de Aparecida.

O Santuário é hoje um polo de evangelização para o Brasil, não só para os romeiros, mas também, para aqueles que são alcançados através dos meios de comunicação de que dispõe o Santuário Nacional.

Que fiéis ao carisma do fundador, Santo Afonso Maria de Ligório, os missionários redentoristas continuem a anunciar as riquezas da redenção a todos os que buscam a graça de Deus e “as glórias de Maria”, na casa da Senhora Aparecida.
"Sob o olhar da Senhora Aparecida, caminhamos com Jesus".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

05.10 Santa Maria, Rainha e Mãe da Misericórdia - Santuário Nacional




Durante a novena em louvor a Nossa Senhora Aparecida, o Santuário Nacional utiliza para a celebração eucarística, os textos das missas em memória de Nossa Senhora. Por isso, hoje, terceiro dia da novena, estamos celebrando a missa de Nossa Senhora, Rainha e Mãe de Misericórdia.

Deus escolheu gratuitamente Maria desde toda a eternidade para que fosse a Mãe de seu Filho: para realizar essa missão singular, ela foi concebida imaculada, o que significa que Maria foi preservada do pecado original desde sua concepção e ficou imune de todo pecado pessoal durante a sua vida terrena. Ela foi cumulada por Deus de toda graça. Ela é a cheia de graça como a saudou o Anjo Gabriel: “Ave cheia de graça”.

Maria tem um único filho, Jesus, mas a sua maternidade espiritual se estende a todos os homens que Jesus veio salvar. No calvário, Jesus pregado na cruz deu-nos Maria como mãe. João, o evangelista, ao pé da cruz representava todos nós. Foi a ele que Jesus disse, referindo-se a Maria: “Eis aí a sua Mãe”!

A Virgem Maria é venerada com muito amor por todo o povo cristão. Nós cristãos, não a adoramos, pois somente a Santíssima Trindade é objeto de nossa adoração.

Maria, nossa mãe zela com carinho por todos os seus filhos e filhas. A Ela podemos acudir a cada momento em nossas necessidades, certos de que Ela nos atende, nos socorre. Não há mãe que não ame os seus filhos, como não há filhos que não ame sua mãe. Deus é rico em misericórdia e Ele é a fonte de todo bem e de toda graça. Maria participa desta perfeição divina, na sua condição de Mãe de Jesus e nossa mãe.

No evangelho que escutamos sobre as bodas de Caná, João nos mostra Maria livrando da dificuldade e do constrangimento aqueles noivos preocupados pela falta de vinho. Ela se dirige a Jesus e lhe diz: “Eles não tem vinho.” Jesus transformou a água em vinho para a alegria dos noivos e dos convidados. Este evangelho nos mostra que sempre devemos ter uma confiança filial em Maria.

Maria é Rainha e Mãe de Misericórdia. Nunca devemos perder a confiança na sua bondade, na sua ajuda materna, pois Deus nada nega a sua Mãe.

Ela é descanso na luta diária, consolo no sofrimento, porto seguro nas tempestades, perdão para os pecadores, alívio na tristeza, socorro nas necessidades. “Sob a vossa proteção, ó Mãe de Deus, nós nos refugiamos; não desprezeis nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos hoje e sempre de todos os perigos”. Amém.

sábado, 2 de outubro de 2010

1º dia da Novena de Nossa Senhora Aparecida


Iniciamos, hoje, aqui no Santuário Nacional, a solene novena em preparação para a Festa de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Este dia 03 de outubro, adquire, neste ano, um significado especial pela importância das eleições realizadas, hoje, em todo o Brasil, para Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

Durante os próximos nove dias, os devotos de Nossa Senhora Aparecida presentes no Santuário e aquele que nos acompanharão em suas casas ou comunidades pelos meios de comunicação social são convidados a contemplar conosco a Virgem Maria como a perfeita seguidora de Jesus e a pedir-lhe que nos ensine e nos ajude a todos nós a caminhar, sob seu olhar, com seu Filho Jesus, até chegarmos à pátria celeste, onde ela intercede por nós e brilha como sinal de esperança segura e de consolação, aos nossos olhos de peregrinos (LG 68).

Durante esta novena queremos também pedir a Deus, por intercessão da Padroeira do Brasil, pelos eleitos neste primeiro turno das eleições e por aqueles que serão eleitos no segundo turno, para que exerçam o cargo para o qual foram ou serão eleitos, com justiça social e com uma visão ética, solidária e humanista.
O texto do evangelho de Lucas que acabamos de escutar narra o chamado dos primeiros discípulos: Pedro, André, Tiago e João. No barco de Pedro estava certamente seu irmão André, por isso ele não é mencionado explicitamente no texto de Lucas. A vocação destes primeiros colaboradores de Jesus aconteceu às margens do Lago de Genesaré, numa manhã quando os pescadores, após uma noite toda de trabalho, deixavam seus barcos na praia e lavavam suas redes.
Uma multidão se apertava em volta de Jesus para ouvir a palavra de Deus. Comprimido pelo povo, Jesus entrou no barco de Pedro e pediu-lhe que se afastasse um pouco da praia para que o povo pudesse escutá-lo. Pedro, cansado, não recusou o pedido de Jesus. Quando Jesus acabou de falar, fez mais um pedido a Pedro: “leve o barco para um lugar onde o lago é fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar”. Mesmo depois de ter trabalhado o noite toda sem apanhar nenhum peixe, Pedro se dispôs a fazer uma hora extra a pedido do Mestre; e sentiu-se recompensado, pois o resultado foi maravilhoso. Pescaram tamanha quantidade de peixe que as redes estavam se arrebentando. Então Pedro compreendeu que o sucesso da pesca dependeu do poder de Jesus e não de sua habilidade de pescador. Diante de Jesus Pedro reconheceu sua condição de pescador e quis manter-se distante Dele: “Afasta-te de mim, Senhor, pois sou um pecador”.
Mesmo pecador, Jesus precisa de Pedro e de seus companheiros para uma outra pesca, mais importante, de natureza diferente, e que será ainda mais miraculosa e que por isso necessitará ainda mais do auxílio divino: “não tenhas medo, disse Jesus a Pedro, de agora em diante serás pescador de homens”. Pedro e seus companheiros arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus.
Em outubro de 1717, muitos séculos depois, aconteceu também uma pesca, desta vez no rio Paraíba, no município de Guaratinguetá. Foi para celebrar a passagem pela cidade do Conde de Assumar, novo Governador das Capitanias de São Paulo e das Minas Gerais. Três pescadores receberam ordens de apanhar peixes no rio Paraíba para o banquete em homenagem ao ilustre visitante.

Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso após várias tentativas sem apanhar peixe algum, remaram em direção ao lugar chamado “Porto de Itaguaçu”, onde o rio faz uma ligeira curva. João Alves foi o primeiro a lançar a rede e apanhou surpreso o “corpo de uma Santa” , sem a cabeça. Mais surpreso e admirado ele ficou quando ao lançar a rede uma segunda vez apareceu entre as malhas de sua rede a cabeça da mesma “santa”. Os três pescadores sentiram naquele momento que o encontro da “santa” era um sinal especial da proteção divina. A “santa” era a imagem de Nossa Senhora da Conceição, invocada mais tarde com o nome de Nossa Senhora Aparecida por ter aparecido nas águas do rio Paraíba. Do nome da imagem, deriva o nome da cidade: Aparecida. A imagem foi levada com respeito e devoção a para a casa de Felipe Pedroso. Aí começou a devoção a Nossa Senhora Aparecida que se espalhou pelo Brasil afora.
Nada acontece por acaso; tudo é providência! O encontro inesperado da imagem da Senhora Aparecida, era o anúncio de uma outra pesca ainda mais milagrosa: a atração de milhões de romeiros que despertados por Nossa Senhora Aparecida seriam conduzidos a Jesus Cristo e, por meio d´Ele, à comunhão com a Trindade Santa e igualmente à comunhão com os irmãos. Quantos favores divinos alcançados em todo o Brasil, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida nestes quase três séculos, desde o encontro desta pequenina imagem em 1717! “O Senhor olhou para a humildade de sua serva”. “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada!”
Como Jesus ordenou a Pedro que lançasse a rede em águas mais profundas; como os três pecadores cheios de confiança na proteção da Santa lançaram as redes ao rio, assim também, hoje, desde o Santuário Nacional, Nossa Senhora Aparecida, nos convida a lançar com confiança e coragem as redes ao mundo, em águas mais profundas, como nos pede o Documento da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, realizada junto ao Santuário Nacional, para tirar do anonimato os que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé (DA 265).

Fixemos nosso olhar em Maria e reconheçamos nela a perfeita discípula missionária de Jesus. O seu olhar nos desperta e nos exorta a caminhar com Jesus e a fazer o que Ele nos diz para que possa derramar sua vida nos povos da America Latina e do Caribe. Junto com Maria queremos estar atentos à escuta do Mestre e sob seu olhar materno, queremos assumir o mandato missionário de seu Filho: “vão por todo o mundo e façam discípulos todos os povos”. Não nos esqueçamos, porém, que o espírito missionário só pode surgir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo e, para isso, é necessário que o discípulo missionário se alimente do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia, centro da vida cristã. Que a Virgem Maria nos ensine a sair de nós mesmos, de nosso comodismo e nos desperte para o ardor missionário como fez Ela na visita a sua prima Isabel.

Virgem Mãe Aparecida, proteja a nós todos, nossas famílias e nossa Pátria! Faça de todos os seus filhos devotos, verdadeiros discípulos missionários de seu Filho, Jesus Cristo.

27º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional


Estamos vivendo neste domingo um momento histórico na vida política de nosso País. Vamos eleger nossos governantes e legisladores para os próximos 4 anos. É uma grande responsabilidade que está nas nossas mãos e que devemos exercer com liberdade e consciência. Não basta eleger; é preciso também fiscalizar os eleitos para exigir deles políticas públicas em favor da vida desde o seu começo até o seu termo natural, políticas em favor do matrimônio e da família, da juventude, educação e saúde. Peçamos nesta celebração eucarística que Deus ilumine os eleitores na sua decisão e guie os que forem eleitos, para que, no exercício do seu mandato promovam o bem comum de nosso povo.

O evangelho de hoje nos convida a crescer na fé: “Senhor, dizem os apóstolos a Jesus, aumenta a nossa fé”! Cada domingo, nós cristãos, nos reunimos em comunidade para celebrar e fortalecer nossa fé. Alimentamo-nos com a Palavra de Deus que nos ilumina no nosso agir; recebemos o corpo e o sangue de Cristo para sustentar nossa fé e compartilhamos a mesma fé com nossos irmãos e irmãs e assim nos sentimos acompanhados e estimulados na nossa caminhada por aqueles que professam e vivem a mesma fé. Daí a necessidade de nós cristãos participarmos nas nossas comunidades da celebração da Eucaristia, cada domingo.

Para nós cristãos, a fé e a missa são inseparáveis. Quem se afasta da comunidade e da missa dominical vai se esfriando na sua vida de fé, até perdê-la completamente. A fé é dom de Deus, mas cabe ao homem, a nós, sustentados pela graça divina, aceitar a Deus e sua Verdade ou rejeitá-lo.

Vivemos numa sociedade que valoriza, acima de tudo, o material, o que se pode demonstrar, o prático. A fé, ao contrário, nos faz olhar para realidades que não se vêem, mas que esperamos, confiados nas palavras de Jesus. O que importa não é a quantidade de fé que temos, mas os seus efeitos, os frutos que ela produz em nossa vida pessoal, familiar, profissional, social. Nesta celebração agradeçamos a Deus o dom da fé e peçamos-lhe a graça de conservar e fazer crescer a fé recebida no batismo. Maria é para nós modelo de fé porque realizou em toda a sua vida a vontade de Deus e a sua fé não vacilou em nenhum momento, nem quando seu filho Jesus morreu na cruz.

Hoje, dia 03, começa a novena em preparação para a festa da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Este ano, a novena será transmitida pela TV Aparecida e pela TV Canção Nova. Quero convidar você, presente no Santuário Nacional ou que nos acompanha pelos meios de comunicação, para participar conosco da novena, aqui, no Santuário ou em sua casa ou comunidade. “Sob o olhar da Senhora Aparecida caminhamos unidos a Jesus”.