sexta-feira, 25 de junho de 2010
Homilia 13º Domingo do Tempo Comum - 27.06
As leituras de hoje nos falam da vocação de Eliseu e das exigências do seguimento de Cristo para o cristão. Eliseu é chamado por Deus para ser seu porta-voz, para continuar a luta do profeta Elias contra a idolatria, o culto a Baal, deus da fertilidade, venerado em diferentes lugares no tempo do profeta Elias. Ao chamado de Deus, Eliseu responde de maneira incondicional e prontamente. Rompe com seu passado; abandona sua propriedade rural; queima a madeira do arado e da canga e com o fogo assa os bois e dá-os de comer a sua gente. Parte e assume a missão de Elias e seu estilo de vida.
A vocação de Eliseu e sua resposta ao chamado de Deus é modelo de toda vocação. Eliseu é exemplo de ousadia, de liberdade interior, de abandono de seguranças humanas para confiar totalmente em Deus.
É para a liberdade que Cristo nos libertou, afirma São Paulo na carta aos Gálatas. Liberdade que não consiste em deixar-se escravizar por nossas paixões, nossos instintos, nossos caprichos, nossos egoísmos, mas liberdade guiada pelo Espírito Santo para amar e servir aos outros.
Esta é a aspiração mais profunda do coração humano: o amor e o verdadeiro amor nos liberta de toda forma de escravidão.
O evangelho de hoje começa afirmando que Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém, onde ele vai ser crucificado e dar a vida para a nossa salvação.
No caminho, Jesus aproveita para instruir seus discípulos. Aos dois discípulos João e Tiago que queriam vingar-se dos samaritanos, porque não acolheram bem a Jesus, Ele os repreende, ensinando-lhes que não se deve pagar o mal com o mal; ao contrário, o mal se vence com o bem. Em seguida, o evangelho nos apresenta três cenas que ilustram as exigências do seguimento de Jesus.
Todo cristão é chamado a seguir Jesus, a crer nele, amá-lo, imitá-lo e testemunhá-lo. É a vocação comum à santidade. Os caminhos para a realização desta vocação de todo cristão à santidade são diversos: há o caminho da vocação matrimonial, o caminho de uma vida dedicada completamente a Deus no sacerdócio ordenado e na vida consagrada. Seja qual for a vocação abraçada, Jesus nos pede um coração livre de todo egoísmo, desprendido, generoso, e cheio de amor a Deus. Se queremos seguir verdadeiramente a Jesus, devemos segui-lo no seu caminho que é um caminho de entrega, de amor total, de fidelidade até a morte.
Que a Virgem Maria, dedicada ao serviço de Deus e do próximo, nos ajude a seguir Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
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