domingo, 15 de agosto de 2010
Homilia - Romaria dos Arautos do Evangelho
Saúdo os Arautos do Evangelho em romaria ao Santuário Nacional neste sábado, dia da semana dedicado, tradicionalmente, a Nossa Senhora. Arautos do Evangelho é uma Associação Internacional Privada de Fiéis de Direito Pontifício e seu fundador é o Mons. João Clá Dias. Sua espiritualidade está alicerçada na Eucaristia, na devoção a Maria e ao Papa.
A Igreja celebra, hoje, a memória de São Maximiliano Kolbe, sacerdote franciscano conventual que recebeu no batismo o nome de Raimundo Kolbe. Foi grande devoto da Imaculada Conceição. Foi preso pela Gestapo, polícia secreta do regime nazista e deportado para o campo de concentração de Auschvitz, na Polônia. No campo de concentração ofereceu-se como voluntário para substituir um pai de família que tinha sido condenado a morte com mais nove prisioneiros, após uma frustrada tentativa de fuga. Jogado na chamada “cela da fome” o
Frei Maximiliano morreu de inanição junto com os nove prisioneiros, no dia 14 de agosto de 1941. O pai de família que foi salvo por ele, assistiu a sua canonização, em Roma, em outubro de 1982, pelo Papa João Paulo II.
O evangelho que acabamos de escutar nos mostra Jesus acolhedor de todas as pessoas, especialmente, das crianças que são simples, transparentes, sem as complicações de gente grande.
A atitude acolhedora de Jesus para com as crianças era algo totalmente novo, pois no tempo de Jesus um Rabi, um Mestre de Lei não dava atenção a uma criança. Um Rabi conversava com pessoas adultas e preparadas intelectualmente. No evangelho de Marcos, esta mentalidade é confirmada quando ele afirma que os discípulos repreendiam as crianças trazidas pelas mães até Jesus. Jesus, ao contrário da mentalidade da época, acolhia as crianças com ternura, colocava as mãos sobre as crianças, rezava por elas e chegou a apresentá-las como modelo para entrar no Reino dos céus.
Elas são modelo por sua capacidade de aceitar com simplicidade, sem preconceitos, a mensagem do evangelho; modelo de confiança nos pais; de humildade, de sobriedade, pois contentam-se com o pouco. A atitude de Jesus no evangelho de hoje deve nos levar a respeitar as crianças, defendê-las contra qualquer abuso sexual, a pornografia e o trabalho infantil e contra qualquer forma de violência. Elas tem o direito a uma atenção especial da Igreja, da família, do Estado.
Felicitamos todas as instituições que se dedicam ao bem-estar de nossas crianças e todas as pessoas que apóiam e contribuem voluntariamente com iniciativas a serviço da infância do nosso Brasil.
Estamos celebrando no Brasil a Semana da Família que tem como tema neste ano: “A Família formadora dos valores humanos e cristãos.” É fundamental que os pais procurem educar os filhos para os verdadeiros valores que deverão orientá-los na vida quando adultos. É dever dos pais, educar as crianças na fé, e no que se refere a afetividade e sexualidade humana.
Que Nossa Senhora Aparecida “proteja nossas crianças, esperança e riqueza de nosso país e as defenda das armadilhas que atentam contra a inocência e contra suas legítimas esperanças”. (Bento XVI).
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