Caríssimos irmãos e irmãs: Acolho com alegria e especial apreço, neste Santuário, os estimados membros da CNBB: os senhores cardeais, arcebispos, bispos e administradores diocesanos; os assessores da CNBB; os subsecretários dos Regionais; os presidentes de organismos; os representantes das pastorais; os convidados para a Assembleia.
Saúdo cordialmente os queridos fiéis da Arquidiocese de Aparecida e os romeiros aqui presentes. Saúdo também os que nos acompanham pelos meios de comunicação - televisão, rádio e Internet -, pedindo-lhes que dirijam suas preces ao Bom Deus para que Ele nos ilumine e assista durante esta Assembleia.
As assembleias gerais de nossa Conferência Episcopal são momentos fortes de vivência do afeto colegial e de manifestação da comunhão existente entre nós e com o Santo Padre Bento XVI, cujo sexto aniversário da eleição como Pastor Supremo da Igreja, celebramos amanhã, e dia 24 próximo, celebraremos o 7º. aniversário do início do seu ministério petrino.
No contexto das assembleias gerais da CNBB, esta que ora se inicia – por ser a 50ª– reveste-se de um significado todo especial. É marco que enseja belas recordações, é momento de agradecimento pelo bem que assembleias anteriores fizeram à Igreja no Brasil e é ocasião de reconhecimento do quanto esses encontros nos ajudam, a nós, bispos, no exercício de nossa missão apostólica.
Caríssimos irmãos no episcopado: em estreita convivência, passaremos juntos os próximos dias. Será tempo vivido em oração, partilha fraterna, estudo e reflexão. A nossa “solicitude por toda a Igreja” (cf. 2 Cor 12,28), nos remeterá de um modo especial a diversos e importantes eventos da Igreja, cujas celebrações se aproximam. O próximo mês de outubro será um mês peculiar por motivo da coincidência de diversas grandes celebrações. Tocam-nos muito de perto e aumentam os motivos de nossa alegria e de comemoração, os sessenta anos de fundação da CNBB, que serão completados em 14 de outubro próximo e que teremos a oportunidade de, em conjunto, celebrar durante esta Assembleia.
Na agenda da Igreja universal consta, neste ano, a comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, acontecimento eclesial de grande magnitude, iniciado em 11 de outubro de 1962. Em outubro deste ano, comemoram-se também os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica. Para colaborar na difusão do Catecismo, foram elaborados também o Compêndio do Catecismo e, recentemente, o You Cat Brasil, publicado pela Paulus, e mais voltado aos jovens.
Coincidindo com o 50º aniversário do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, terá início em 11 de outubro vindouro um especial Ano da Fé, que o Santo Padre proclamou com o propósito de que ele seja “um momento de graça e de compromisso para uma conversão a Deus cada vez mais completa, para fortalecer a nossa fé n’Ele e para O anunciar com alegria ao homem do nosso tempo.” (Homilia, 16/10/2011).
Ainda em outubro do corrente ano, com a mesma motivação que inspirou a instituição do Ano da Fé, será realizada, entre os dias 7 e 28, a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Bento XVI, e que tem por tema “A Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã”.
Queridos irmãos e irmãs: estamos no Tempo Pascal. Temos ainda bem presentes e muito vivas em nosso coração as ricas celebrações da Semana Santa, sobretudo as do Tríduo Pascal. É com a luz que recebemos da celebração da Páscoa do Senhor que, nesta 50ª Assembleia Geral, vamos nos dedicar ao aprofundamento do tema central “A Palavra de Deus na animação da vida e da ação evangelizadora da Igreja”. Temos o plano de finalizar, querendo-o Deus, este documento, e oferecer à Igreja no Brasil um válido instrumento de renovação e crescimento, pois, como afirmou o Concílio na Constituição Dogmática sobre a Palavra de Deus, “é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre»” (nº. 26).
A primeira leitura da Santa Missa de hoje recorda-nos precisamente a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Os Sumos Sacerdotes do Templo e os partidários de Herodes, movidos pela inveja por causa dos inúmeros prodígios que Deus realizava por meio dos Apóstolos, mandaram prendê-los. Mas eles foram libertados pelo Anjo do Senhor, que lhes determinou continuassem a pregar com ousadia. Como não nos recordar do Mistério Pascal de Cristo? A prisão e a libertação dos Apóstolos são como que um prolongamento eclesial do mistério da Morte e da Ressurreição do próprio Senhor. A Palavra da Vida não pode ficar aprisionada na morte.
Chama particularmente nossa atenção a indicação que o Anjo faz a respeito do conteúdo que deveria ser pregado pelos Apóstolos: “Tudo o que se refere àquele modo de viver” (At 8, 20). Uma tradução mais literal diz: “tudo o que se refere àquela Vida”. Não uma teoria ou uma simples doutrina, mas um ensinamento a respeito de um modo de viver, de uma forma de vida. Trata-se, portanto, da vida cristã como participação na vida de Cristo que, “imolado, já não morre; e, morto, vive eternamente” (Prefácio da Páscoa III). Na carta aos Filipenses, São Paulo afirma que Jesus Cristo tomou a nossa “forma” (Fl2,6-7), tornou-se semelhante a nós. Agora, ressuscitado, nos concede participar da sua “forma de vida”, e isso é o que deve ser anunciado com ousadia.
Na Carta Apostólica Porta Fidei, o Papa Bento XVI afirma que “em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição” (nº 6). Portanto, é pela fé que se participa da Vida de Deus, que se entra nesse “modo de viver”. A última parte da resposta de Jesus a Nicodemos, que foi proclamada hoje no Evangelho, começa apresentando o motivo da Encarnação, Paixão e Ressurreição de Cristo: o amor infinito de Deus. “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). É essa a oferta que Deus continua a fazer ao mundo todo, por meio de sua Igreja, como nos recordou, com precisão, a primeira leitura. O amor de Deus, que O levou a dar-nos Seu Filho, é o mesmo motivo que O leva a determinar que o Evangelho seja pregado: para que todos, em Cristo, tenham a vida eterna, a luz, a verdade. Que todos possam encontrar a salvação, que é comunhão com Deus, com o amor da Trindade Santa.
Caríssimos irmãos e irmãs: a cada um de nós, a cada cristão, está confiado o dom desse imenso amor. A cada um de nós é também confiada a missão de anunciá-lo ao mundo, com “ousadia”, com entusiasmo. O testemunho de nosso “modo de viver” é necessário para que esse anúncio seja acreditável, acolhido e produza frutos.
Que esta 50ª Assembleia Geral da CNBB nos ajude nessa missão. Para isso nos confiamos à Virgem Mãe Aparecida que aqui nos acolhe e intercede por nós, para que, no amor salvador de Deus, e guiados pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, continuemos a “evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (cf. Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo” (DGAE, Objetivo Geral).
Saúdo cordialmente os queridos fiéis da Arquidiocese de Aparecida e os romeiros aqui presentes. Saúdo também os que nos acompanham pelos meios de comunicação - televisão, rádio e Internet -, pedindo-lhes que dirijam suas preces ao Bom Deus para que Ele nos ilumine e assista durante esta Assembleia.
As assembleias gerais de nossa Conferência Episcopal são momentos fortes de vivência do afeto colegial e de manifestação da comunhão existente entre nós e com o Santo Padre Bento XVI, cujo sexto aniversário da eleição como Pastor Supremo da Igreja, celebramos amanhã, e dia 24 próximo, celebraremos o 7º. aniversário do início do seu ministério petrino.
No contexto das assembleias gerais da CNBB, esta que ora se inicia – por ser a 50ª– reveste-se de um significado todo especial. É marco que enseja belas recordações, é momento de agradecimento pelo bem que assembleias anteriores fizeram à Igreja no Brasil e é ocasião de reconhecimento do quanto esses encontros nos ajudam, a nós, bispos, no exercício de nossa missão apostólica.
Caríssimos irmãos no episcopado: em estreita convivência, passaremos juntos os próximos dias. Será tempo vivido em oração, partilha fraterna, estudo e reflexão. A nossa “solicitude por toda a Igreja” (cf. 2 Cor 12,28), nos remeterá de um modo especial a diversos e importantes eventos da Igreja, cujas celebrações se aproximam. O próximo mês de outubro será um mês peculiar por motivo da coincidência de diversas grandes celebrações. Tocam-nos muito de perto e aumentam os motivos de nossa alegria e de comemoração, os sessenta anos de fundação da CNBB, que serão completados em 14 de outubro próximo e que teremos a oportunidade de, em conjunto, celebrar durante esta Assembleia.
Na agenda da Igreja universal consta, neste ano, a comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, acontecimento eclesial de grande magnitude, iniciado em 11 de outubro de 1962. Em outubro deste ano, comemoram-se também os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica. Para colaborar na difusão do Catecismo, foram elaborados também o Compêndio do Catecismo e, recentemente, o You Cat Brasil, publicado pela Paulus, e mais voltado aos jovens.
Coincidindo com o 50º aniversário do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, terá início em 11 de outubro vindouro um especial Ano da Fé, que o Santo Padre proclamou com o propósito de que ele seja “um momento de graça e de compromisso para uma conversão a Deus cada vez mais completa, para fortalecer a nossa fé n’Ele e para O anunciar com alegria ao homem do nosso tempo.” (Homilia, 16/10/2011).
Ainda em outubro do corrente ano, com a mesma motivação que inspirou a instituição do Ano da Fé, será realizada, entre os dias 7 e 28, a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Bento XVI, e que tem por tema “A Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã”.
Queridos irmãos e irmãs: estamos no Tempo Pascal. Temos ainda bem presentes e muito vivas em nosso coração as ricas celebrações da Semana Santa, sobretudo as do Tríduo Pascal. É com a luz que recebemos da celebração da Páscoa do Senhor que, nesta 50ª Assembleia Geral, vamos nos dedicar ao aprofundamento do tema central “A Palavra de Deus na animação da vida e da ação evangelizadora da Igreja”. Temos o plano de finalizar, querendo-o Deus, este documento, e oferecer à Igreja no Brasil um válido instrumento de renovação e crescimento, pois, como afirmou o Concílio na Constituição Dogmática sobre a Palavra de Deus, “é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre»” (nº. 26).
A primeira leitura da Santa Missa de hoje recorda-nos precisamente a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Os Sumos Sacerdotes do Templo e os partidários de Herodes, movidos pela inveja por causa dos inúmeros prodígios que Deus realizava por meio dos Apóstolos, mandaram prendê-los. Mas eles foram libertados pelo Anjo do Senhor, que lhes determinou continuassem a pregar com ousadia. Como não nos recordar do Mistério Pascal de Cristo? A prisão e a libertação dos Apóstolos são como que um prolongamento eclesial do mistério da Morte e da Ressurreição do próprio Senhor. A Palavra da Vida não pode ficar aprisionada na morte.
Chama particularmente nossa atenção a indicação que o Anjo faz a respeito do conteúdo que deveria ser pregado pelos Apóstolos: “Tudo o que se refere àquele modo de viver” (At 8, 20). Uma tradução mais literal diz: “tudo o que se refere àquela Vida”. Não uma teoria ou uma simples doutrina, mas um ensinamento a respeito de um modo de viver, de uma forma de vida. Trata-se, portanto, da vida cristã como participação na vida de Cristo que, “imolado, já não morre; e, morto, vive eternamente” (Prefácio da Páscoa III). Na carta aos Filipenses, São Paulo afirma que Jesus Cristo tomou a nossa “forma” (Fl2,6-7), tornou-se semelhante a nós. Agora, ressuscitado, nos concede participar da sua “forma de vida”, e isso é o que deve ser anunciado com ousadia.
Na Carta Apostólica Porta Fidei, o Papa Bento XVI afirma que “em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição” (nº 6). Portanto, é pela fé que se participa da Vida de Deus, que se entra nesse “modo de viver”. A última parte da resposta de Jesus a Nicodemos, que foi proclamada hoje no Evangelho, começa apresentando o motivo da Encarnação, Paixão e Ressurreição de Cristo: o amor infinito de Deus. “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). É essa a oferta que Deus continua a fazer ao mundo todo, por meio de sua Igreja, como nos recordou, com precisão, a primeira leitura. O amor de Deus, que O levou a dar-nos Seu Filho, é o mesmo motivo que O leva a determinar que o Evangelho seja pregado: para que todos, em Cristo, tenham a vida eterna, a luz, a verdade. Que todos possam encontrar a salvação, que é comunhão com Deus, com o amor da Trindade Santa.
Caríssimos irmãos e irmãs: a cada um de nós, a cada cristão, está confiado o dom desse imenso amor. A cada um de nós é também confiada a missão de anunciá-lo ao mundo, com “ousadia”, com entusiasmo. O testemunho de nosso “modo de viver” é necessário para que esse anúncio seja acreditável, acolhido e produza frutos.
Que esta 50ª Assembleia Geral da CNBB nos ajude nessa missão. Para isso nos confiamos à Virgem Mãe Aparecida que aqui nos acolhe e intercede por nós, para que, no amor salvador de Deus, e guiados pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, continuemos a “evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (cf. Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo” (DGAE, Objetivo Geral).
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