Hoje encerra-se, no Brasil, o mês da Bíblia, e em todas as Dioceses celebra-se o Dia Nacional da Bíblia.
A palavra Bíblia designa a Palavra de Deus escrita, contida no Antigo e no Novo Testamento. A expressão “Palavra de Deus” indica algo mais amplo que a Bíblia. Deus falou, em primeiro lugar, por meio da criação do mundo. O universo manifesta Sua sabedoria e o Seu poder criador. A criação é um livro escrito com muitas cores e que pode ser lido por todos.
Deus se revelou também através da história do povo de Israel e esta manifestação na história do povo hebreu se deu por meio de acontecimentos e pessoas. Esta tradição religiosa do povo de Israel está contida na Bíblia, Palavra de Deus escrita e inspirada, e por isso goza de um lugar privilegiado na Igreja e na vida de cada cristão.
A palavra de Deus, por excelência, é Jesus Cristo, o Verbo de Deus, que veio a este mundo ao encarnar-se no seio virginal de Maria, por obra do Espírito Santo, fazendo-se um de nós e vivendo no meio de nós.
Toda a manifestação de Deus na criação e na história do povo de Israel converge para Cristo. Ele é a plenitude da manifestação de Deus à humanidade. A leitura e a meditação da Palavra na Bíblia, guiada pelo Espírito Santo e o magistério da Igreja, devem nos levar à oração, a uma união efetiva e vital com Cristo e através dele com o Pai.
Por isso, São Jerônimo afirma que “ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo”. Nossa Senhora é para nós o modelo de ouvinte e de praticante da Palavra de Deus. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
O Documento de Aparecida nos adverte que temos que fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus e nos recomenda, especialmente, a leitura orante da Bíblia, na qual lendo o texto, se escuta Deus que fala, e orando, se lhe responde com um coração aberto e confiante. Na Celebração da Missa, a mesa da Palavra está unida à mesa da Eucaristia, por isso, após nos alimentarmos da Palavra de Deus, somos convidados a nos alimentarmos, também, do Corpo de Cristo.
O Apóstolo São Tiago, na segunda leitura deste domingo, nos adverte sobre o perigo do fascínio da riqueza e de nos tornarmos seus escravos. Quando nos deixamos dominar pela riqueza, o resultado é a injustiça, a miséria, a violência.
O evangelho de hoje nos convida a solidariedade com todos sem excluir ninguém mesmo que não pertença a Igreja católica, ao grupo dos discípulos de Cristo. Devemos ficar felizes com o bem realizado por pessoas que não partilham conosco a mesma fé, as mesmas convicções, pois o bem não é monopólio de ninguém. “Assim como o Pai do céu faz surgir o sol sobre os bons e os maus e faz chover sobre justos e injustos”, assim também, nós não devemos discriminar ninguém por motivo algum, porque somos todos filhos do mesmo e único Deus e irmãos e irmãs uns dos outros em Jesus Cristo. Jesus nos ensina a olhar a todos com os óculos do evangelho: quem não é contra Ele, está com Ele.
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