Hoje é Páscoa, o primeiro dia da semana, Domingo, o dia mais solene do ano para nós cristãos, porque celebramos a Ressurreição do Senhor. Este Domingo festivo vai se prolongar, como um “grande domingo”, por cinquenta dias até a solenidade de Pentecostes.
Cada Domingo do ano é como uma pequena páscoa, porque neste dia, celebramos a ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, o Domingo, dia do Senhor, é tão importante para nós cristãos.
Na primeira leitura, tirada dos Atos dos Apóstolos, Pedro proclama a ressurreição de Cristo. “Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos” (AT 10, 40-41).
No evangelho, João nos fala de três pessoas que naquela manhã foram ao sepulcro de Jesus. Maria Madalena foi primeiro sozinha ao sepulcro e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Sai correndo para levar a notícia a Pedro e ao outro discípulo que Jesus amava.
Pedro e o outro discípulo foram então ao sepulcro. Ambos viram que tudo estava em perfeita ordem: “as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte” (Jo 20, 6-7). Tudo isso era sinal de que Jesus tinha sido libertado da morte. Por isso, “o outro discípulo, o discípulo que Jesus amava, viu e acreditou”.
Os dois discípulos voltaram para casa. O amor mantém Maria Madalena junto ao sepulcro. Por isso, será a primeira a quem o Cristo ressuscitado aparecerá e será também a primeira mensageira a levar a notícia da ressurreição aos discípulos e, através destes, a boa-nova de Páscoa alcançará o mundo inteiro.
Os apóstolos chegaram à fé plena na ressurreição após o encontro com o Senhor Ressuscitado e a efusão dos dons do Espírito Santo, em Pentecostes.
“O anúncio entusiasta e audaz da ressurreição de Jesus pelos apóstolos seria impensável sem um contato real das testemunhas com o fenômeno totalmente novo e inesperado que os atingia do exterior e consistia na manifestação e no anúncio do Cristo ressuscitado. Só um acontecimento real de uma qualidade radicalmente nova estava em condição de possibilitar o anúncio dos apóstolos que não pode ser explicado por especulações ou experiências interiores místicas. Na sua audácia e novidade, esse anúncio toma uma força impetuosa de um acontecimento que ninguém jamais pôde imaginar e superava toda imaginação.” (Bento XVI)
Nossa experiência de Jesus ressuscitado não é a mesma da comunidade primitiva. Nossa fé no Cristo ressuscitado se fundamenta no testemunho dos discípulos que se encontraram realmente com Ele, e esse testemunho está contido nos evangelhos e nas cartas do Novo Testamento. Nós devemos, também, tendo feito a experiência do encontro com o Ressuscitado, tornar-nos testemunhas do Senhor Jesus no mundo de hoje.
Crer no Cristo ressuscitado é começar a viver como ressuscitado, uma vida nova, de luta contra o pecado, contra o mal, e promover uma cultura da vida, da solidariedade, da paz.
Proclamamos a presença do Cristo ressuscitado na sua palavra e preparemo-nos, agora, para acolhê-lo em nosso meio, nos sinais do pão e do vinho, convertidos no seu corpo e no seu sangue.
Levando-o em nosso coração, comprometamo-nos, também, a anunciá-lo aos nossos irmãos, como a Virgem Maria, Maria Madalena e os discípulos que, tendo se encontrado com o Senhor Ressuscitado, tornaram-se mensageiros dessa boa nova.
A todos uma Feliz e Santa Páscoa. Aleluia!
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