terça-feira, 16 de novembro de 2010

33º Domingo do Tempo Comum - 14/11/2010


Estamos próximos do fim do ano cristão, do calendário litúrgico que se encerra no próximo domingo com a festa de Cristo Rei do Universo.

Ao concluir o ano litúrgico os textos bíblicos tem um tom escatológico, isto é, nos falam do futuro definitivo da história humana, do fim do mundo.

Desde o início da humanidade, o homem se preocupa em advinhar, predizer como será o amanhã, o futuro.

A palavra de Deus nos alerta para o fato de que o nosso fim último, nós o preparamos desde agora e a Eucaristia, celebração do acontecimento central da nossa redenção, nos é dada como alimento que nos revigora em nosso caminho e, desde já, nos garante a vida eterna, a vida definitiva, em plenitude, junto de Deus.

O texto do profeta Malaquias, que viveu no século V, depois do exílio da Babilônia, no tempo da reconstrução do judaísmo, convida-nos a olhar para frente, para o “dia do Senhor”, dia em que Deus restabelecerá a justiça, punindo os que praticaram o mal e premiando os justos, os que realizaram o bem.

No evangelho de Lucas, Jesus convida-nos também a olhar para o futuro com realismo e seriedade.

No evangelho de hoje é preciso distinguir três momentos diferentes aos quais se refere o evangelista: a destruição histórica de Jerusalém pelos romanos, no ano 70; o tempo da missão da Igreja que será marcado por dificuldades, perseguições, e a vinda do Filho do Homem como plenitude do Reino de Deus.

Com uma linguagem cheia de imagens, própria da época, o evangelho nos comunica uma mensagem fundamental: “o juízo final acontecerá quando o Cristo glorioso voltar. Só o Pai conhece o dia e a hora em que terá lugar; só Ele decidirá a sua chegada. Então, ele pronunciará por meio de seu Filho Jesus Cristo, sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos o sentido último de toda a obra da criação e de toda a história da salvação. Compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua Providência terá conduzido todas as coisas ao seu fim último. O juízo final manifestará que a justiça de Deus triunfa sobre todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que o seu amor é mais forte que a morte”. (CIC 1040).

Enquanto peregrinamos nesta terra, cabe-nos trabalhar como afirma São Paulo na 1ª. Leitura, na construção do Reino de Deus, reino de justiça, de verdade, de amor e de paz, fazendo deste mundo um sinal do reino definitivo. Somos chamados a renovar à luz do evangelho a vida familiar, os costumes sociais, as relações econômicas, as leis trabalhistas, os ambientes culturais. Lembremo-nos das palavras de São João da Cruz, no entardecer da vida, seremos examinados no amor ao nosso irmão, sobretudo, aos mais necessitados.

Um comentário:

  1. Dom Damasceno;
    Nesta data especial viemos lhe parabenizar pela sua nomeação como cardeal. Desejamos que seu caminho continue sendo iluminado pelo amor e fé em Deus,seja sempre inspiração para nossa família. Estamos sempre acompanhando seu trabalho.

    Seu primo Dimas Damasceno e família.

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