Em recente visita ao senhor Bispo da diocese de Essen, na Alemanha, observei que acima da soleira da porta principal da entrada da residência, estava escrita na pedra, em latim, a frase: “o mors, ubi est Victoria tua”? que, em português, se traduz por “onde está, ó morte, tua vitória”?
Esta lembrança me veio à mente porque neste mês de novembro, a Igreja celebra no dia 02 a comemoração de todos os fiéis falecidos. Esta festa foi introduzida no ano de 998 pelo abade Odilo, monge do mosteiro de Cluny, na França. Aos poucos esta festa se estendeu para toda a Igreja.
Em todas as nações e culturas encontramos diferentes maneiras de comemorar os seus mortos. A morte é uma realidade irrevogável, mas para nós cristãos, ela não é o fim de tudo, a que tem a última palavra.
Ao recordar e ao rezar pelos mortos expressamos a comunhão universal que une todos os cristãos e professamos nossa fé na ressurreição e na vida eterna que Deus nos garantiu por meio da vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado e o demônio.
Ao rezar na oração do credo: “creio na comunhão dos santos” afirmamos que formamos uma família em Deus: nós que ainda peregrinamos nesta terra; aqueles que já morreram e estão se purificando, ajudados pelas nossas orações; e aqueles que já gozam da plenitude da vida na glória de Deus e intercedem por nós, no céu. Todos juntos formamos em Cristo uma só família, a Igreja, que luta, que sofre e que triunfa para louvor e glória da Trindade.
No final do capítulo 15, da primeira carta aos Coríntios, São Paulo depois de ter anunciado a “boa notícia” da ressurreição aos Coríntios e que eles aceitaram com fé, exclama cheio de júbilo: “onde está, ó morte, tua vitória. Graças sejam dados a Deus, que nos dá a vitória por meio do Senhor nosso Jesus Cristo. Ficai convencidos de que vossa fadiga pelo Senhor não será inútil” (I Cor 15,55-58).
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