Na
primeira leitura deste domingo, do livro dos Atos dos Apóstolos, escutamos que
Cornélio, centurião romano e pagão, converteu-se ao cristianismo com toda sua
família e foi batizado por Pedro.
Pedro
afirma que “Deus não faz distinção entre
as pessoas e aceita quem pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que
pertença”. Enquanto Pedro falava, o Espírito Santo desceu sobre todos os
que o ouviam. É o Espírito Santo quem
vai abrindo a Igreja para o novo, sem
perder a fidelidade ao essencial. Os
pagãos ao se converterem não necessitam de se submeter às práticas da lei
judaica.
Na
segunda leitura, São João nos dá a mais bela definição de Deus: “Deus é amor”. Não fomos nós que amamos
a Deus, mas foi Ele quem nos amou primeiro e nos enviou o Filho Jesus como
vítima de reparação pelos nossos pecados
e para que tenhamos vida e vida em
plenitude.
No
evangelho, Jesus proclama para seus discípulos o mandamento central: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos
outros, assim como eu vos amei”. O modelo do amor cristão é Jesus. O Pai
ama o Filho e o Filho corresponde a esse amor realizando plenamente a vontade
do Pai. Esse amor do Pai se estende, no amor de Jesus, a todos os homens a ponto de dar a vida por todos. “Não há prova maior de amor do que dar a vida
pelos amigos”.
A
medida do amor para o discípulo de Jesus, é o amor sem limites, do próprio
Jesus que amou até dar a vida pelos
outros. Vivendo o amor não somente conhecemos a Deus, mas nós nos tornamos
executores do seu testamento e o testemunhamos como ele é verdadeiramente: Ele
é amor.
O
Documento da V Conferência de Aparecida afirma que, dentre os muitos lugares de
encontro com Jesus Cristo, um deles é numa comunidade viva na fé e no amor
fraterno. “Onde reina o amor Deus aí
está”. No amor aos outros, Jesus se manifesta e se torna presente. O amor
ao outro deve ser o distintivo do cristão, da comunidade cristã. Nossas
comunidades, paróquias devem ser, como dizia o Papa João Paulo II, casa e escola
de comunhão.
É
o amor que dá vida. Por isso, a Igreja,
nós cristãos, discípulos missionários de Jesus Cristo devemos testemunhar e
anunciar na família, na sociedade, por meio de nossas ações, o amor de Cristo, para que os homens e todos
os povos tenham vida e a tenham em abundância.
A Igreja cresce não por proselitismo.
Ela cresce por atração, pelo testemunho de vida dos cristãos. Como Cristo atrai a todos a si com a força do
seu amor, que culminou no sacrifício da cruz, assim a Igreja cumpre sua missão,
conformando-se em espírito e concretamente com o amor de Cristo.
Que
Maria, nossa mãe, educadora e modelo de amor solidário, fortaleça os laços fraternos em nossas
comunidades, em nossas famílias e nos ensine a testemunhar uma Igreja
samaritana, isto é, cada vez mais
solidária, fraterna e santa.
Neste 2º, domingo de maio, dedicado às mães, meus
parabéns a todas as mães e que Maria, modelo de mulher e de mãe, inspire e
proteja as mães, na vivência de sua sublime vocação ao amor e ao cuidado da
vida, recebida como dom de Deus.
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