terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sob o olhar da Senhora Aparecida caminhamos com Jesus!


O mês de outubro é um mês muito especial para você, devoto de Nossa Senhora Aparecida, pois neste mês, no dia 12, celebramos sua festa. Cada ano, a festa é preparada com uma novena solene, piedosa, bela e muito participada. Neste ano, você está convidado a meditar e a rezar conosco sobre o tema: “Sob o olhar da Senhora Aparecida, caminhamos com Jesus”, seja com sua presença no Santuário, seja em sua casa ou comunidade através dos meios de comunicação.

A novena será transmitida desde o Santuário pelas Tvs Aparecida, Canção Nova e Século 21 e também pela Rádio Aparecida e Rede Católica de Rádio. É um belo exemplo de união das Tvs e rádios católicas neste momento forte de evangelização!

Maria pela sua fé e pela sua obediência à vontade do Pai, assim como, por sua constante meditação da Palavra de Deus e das ações de Jesus, é a mais perfeita discípula do Senhor. Isabel ao receber a visita de Maria, logo após a Anunciação, exaltou sua fé: “feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45).

Na Anunciação, a Virgem de Nazaré expressou sua total obediência à vontade de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Finalmente, Maria contemplava constantemente a Palavra de Deus e os mistérios da vida de Jesus: “ela conservava cuidadosamente estes acontecimentos e os meditava em seu coração” (Lc 2,19).

A Senhora Aparecida olha e vela com carinho por todos os seus filhos, e ao contemplarmos a sua imagem ela desperta em nós o desejo de nos tornarmos, a seu exemplo, cada vez mais, discípulos de seu Filho. Esta é a sua maior alegria. Na vida cristã, Maria não é o ponto final de chegada. Ao reunir os seus filhos, sob seu manto materno, Ela quer conduzi-los a Jesus Cristo e, através Dele, levá-los à comunhão com o Pai no Espírito Santo e igualmente à comunhão com os irmãos, até chegarmos à pátria celeste de onde ela intercede e “brilha como sinal de esperança segura e de consolação aos nossos olhos de peregrinos sobre a terra”.

Quero convidar você a participar com muita devoção da novena em honra e louvor de Nossa Senhora Aparecida, pedindo a ela sua proteção por você, sua família e pelo Brasil que, neste mês, vive um momento importante de sua história política.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Festa da Exaltação da Santa Cruz - Comunidade Canção Nova


Esta festa surgiu em 355 por ocasião da inauguração das duas grandes basílicas em Jerusalém: A Basílica do Calvário e a do Santo Sepulcro. A construção destas duas basílicas foi ordenada pelo imperador Constantino.

O lenho da cruz descoberto por Santa Helena teve sempre um lugar especial na devoção do povo cristão. A festa de hoje celebra também o retorno da cruz a Jerusalém que tinha sido levada para a Pérsia. A cruz de Cristo é ponto de referência da nossa fé e de nossa esperança. Pela cruz, Cristo nos salvou e nos libertou. Ela simboliza o preço pago pela nossa salvação. Agradeçamos nesta celebração eucarística, renovação do sacrifício de Cristo, a entrega livre e por amor de Cristo, para a nossa salvação.

No diálogo de Jesus com Nicodemos, como escutamos no evangelho de hoje, Jesus compara a sua crucifixão com a serpente levantada sobre uma haste por Moisés, no deserto. Os israelitas mordidos pelas serpentes no deserto eram salvos ao olhar para ela. Assim, também “é necessário que o Filho do homem seja levantado para que todos os que Nele crerem tenham a vida eterna”. E Jesus pouco antes de sua paixão havia declarado: “Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim. E dizia isso indicando de que morte iria morrer”.

Jesus humilhou-se, tornou-se obediente até a morte de cruz, como afirma São Paulo na carta aos Filipenses, e por isso, Deus o exaltou e lhe deu um nome que é superior a todo nome.
O caminho da cruz se torna caminho de luz, de ressurreição: “Quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e venha comigo”.

No tempo de Jesus, a cruz consistiu numa haste vertical fixada no chão e uma trave horizontal que era carregada pelo condenado até o lugar do suplício. O condenado era preso sobre esta trave horizontal e depois levantado. Segundo alguns historiadores Jesus teria carregado esta trave horizontal até o monte Calvário, lugar de sua crucifixão. O discípulo de Cristo deve estar disposto a carregar a sua cruz, a sua trave em companhia de Jesus com a certeza da vitória final.

A cruz que era instrumento de suplício, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos, não obstante, seja um emblema tão infame, semelhante aos instrumentos utilizados hoje para os condenados à morte, tornou-se para nós cristãos motivo de glória. “Quanto a mim, escreve São Paulo aos Gálatas, Deus me livre de gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”. O orgulho de Paulo está na cruz de Cristo, em sua morte e sacrifício por amor, em participar dela e pregá-la como único meio de salvação.

Salve, ó cruz bendita, sinal do amor maior. Foste e és para muitos motivo de escândalo. Para nós, cristãos, és memória da nossa redenção. Em ti fomos redimidos de todos os pecados, de todas as escravidões. Contemplando-te assumimos a missão de também entregar a vida, como fez Jesus, para que todos nele tenham vida. Chegaste a este solo, Terra de Santa Cruz, trazendo amor e esperança. Em ti vemos o sofrimento do Cristo e de todos os homens e mulheres do mundo. Dá-nos a graça de um dia, após nossa peregrinação terrestre, chegar à glória da ressurreição. Assim seja!

domingo, 12 de setembro de 2010

Homilia 24º Domingo do Tempo Comum - 12/09/2010


A mensagem da liturgia deste 24o. Domingo é a “alegria do perdão”.

Na 1a. leitura do livro do Êxodo vimos que Moisés conhecia o coração misericordioso de Deus e por isso implora o seu perdão para o povo infiel que pecou gravemente praticando a idolatria ao fabricar para si um bezerro de metal e se inclinar em adoração diante dele e lhe oferecer sacrifícios.

Deus se deixa convencer pela intercessão de Moisés e perdoa o seu povo. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado a fazer a seu povo”.

Mas, é sobretudo, nas duas parábolas, exclusivas do evangelho de Lucas, que Jesus retrata o rosto misericordioso do Pai. E, mais ainda, Jesus, ele próprio, é o rosto bondoso do Pai, que à semelhança do bom pastor, vai atrás da ovelha perdida até encontrá-la e ao encontrá-la a traz de volta aos ombros, ou como a mulher que festeja o encontro da moeda perdida.

Todos somos pecadores. Somos, de alguma maneira, um pouco idólatras como o povo de Israel que se esqueceu do verdadeiro Deus que o havia libertado da escravidão do Egito e o substituiu por um bezerro de metal.

Quantas vezes afastamo-nos de Deus, da Igreja, sob o pretexto de vivermos nossa liberdade, e nos tornamos escravos de falsos ídolos. Tornamo-nos escravos do dinheiro, do poder, do prazer...

Outras vezes, somos parecidos com aquela ovelha perdida que se desgarrou do rebanho, da comunidade, da família, para nos aventurar na busca da felicidade e da paz por outros caminhos, diferentes dos que aprendemos de nossos pais, da Igreja.

Deus é como o bom pastor, que em vez de punir a ovelha que se perdera e lhe causara tanto trabalho, vai a sua procura e quando a encontra, alegra-se, põe-na aos ombros e a traz de volta para a casa. Deus é como a mulher que ao encontrar a moeda perdida, em lugar de jogá-la fora, com raiva, chama as amigas para partilhar a alegria com elas, a alegria por ter achado a moeda que estava procurando.

Assim é o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo. A sua alegria, a sua glória está em perdoar e acolher o pecador, porque ele nos ama com amor de pai e de mãe.

Diante do amor infinito de Deus para conosco, devemos aprender também a perdoar os nossos irmãos. É o compromisso que fazemos ao rezar a oração do Pai Nosso: “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

“Deus não aceita o sacrifício dos que provocam a desunião”, diz São Cipriano. Ele nos despede do altar para que primeiro se reconciliem com seus irmãos: Deus quer ser pacificado com orações de paz.

Diante de tanta violência no mundo de hoje: seqüestros, assaltos, homicídios de tantos inocentes, injustiça social contra os mais abandonados, temos que proclamar em alta voz que o nosso Deus, o Deus dos cristãos é o Deus da ternura, da misericórdia, da bondade, do perdão.

E Deus continua com a sua misericórdia, entregando-se para a nossa salvação na Eucaristia, oferecendo-nos o seu perdão no sacramento da penitência e dando-nos a sua mãe, a Virgem Maria, como a Mãe da Misericórdia, como a nossa advogada, que está sempre intercedendo por nós para nos conduzir a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

8 de setembro - Natividade de Nossa Senhora e aniversário da Rádio e TV Aparecida


Com grande alegria, celebramos hoje a festa de aniversário do nascimento de Nossa Senhora, aurora e esperança da salvação do mundo. Deus preparou o corpo e a alma de Maria em vista do nascimento de seu filho Jesus. Por isso, preservou-a do pecado original e a ornou com todas as graças. Maria é a Imaculada Conceição. Maria é para nós modelo de disponibilidade à realização do projeto de Deus para a salvação da humanidade. Seu “sim” ao chamado de Deus para ser a mãe do Salvador, mais do que uma simples palavra é um projeto de vida, início da nossa libertação. A Virgem Maria concebeu e dará à luz um filho que salvará o seu povo dos seus pecados. Ele será chamado Emanuel que significa: “Deus está conosco.”

Celebramos o nascimento de Maria por causa do nascimento de Cristo. “Aquele que nascerá em Belém quando uma mãe der à luz será o Senhor de Israel, o pacificador universal”, afirma o profeta Miqueias na primeira leitura.

São José aceita com fé e humildade colaborar com o plano de Deus para a salvação da humanidade e aceita receber a Virgem Maria como esposa, depois das palavras do Anjo.

Se todo aniversário natalício deve ser celebrado com muita alegria e gratidão, pois a vida é dom de Deus. Com maior razão devemos celebrar com alegria o nascimento da Virgem Maria: por ela nos veio o Sol de justiça, o Cristo nosso Deus.

Hoje, celebramos também, aqui, no Santuário Nacional, o 59º. aniversário da fundação da Rádio Aparecida. Felicito e louvo a todos aqueles que impulsionados por um grande zelo missionário de levar a boa nova do Evangelho, o amor, a paz, a defesa da vida, para além do recinto do Santuário, tiveram a audácia de criar a Rádio Aparecida há 59 anos e há 5, a TV Aparecida, ambas de alcance nacional e que já conquistaram audiência cativa e apreço no Brasil. Hoje não se pode pensar a Igreja sem rádio, internet, TV, imprensa. A Igreja tem grande responsabilidade diante de Deus, se ela não utilizar os modernos meios de comunicação a serviço do Evangelho. “O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia: o que vos é dito aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados.” (Mt 10,27). A mensagem de Jesus não pode ficar escondida, ao contrário, deve iluminar todos os povos.

Que Nossa Senhora Aparecida abençoe e proteja todos os membros da Família da Campanha dos Devotos e do Clube dos Sócios que mantém com sua generosa colaboração a ação evangelizadora da TV e da rádio Aparecida. Aos missionários redentoristas e aos leigos que se dedicam à missão evangelizadora através da rádio e TV Aparecida e de outros meios de comunicação, meus cumprimentos pelo trabalho que realizam para levar a Palavra de Deus e o amor por Nossa Senhora Aparecida às famílias de todo o Brasil.

Parabéns Rádio Aparecida! Parabéns TV Aparecida!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dia da Pátria - 23ª Romaria dos Trabalhadores e Grito dos Excluídos


Hoje, em todo o Brasil, comemora-se o Dia da Pátria – a independência do Brasil. Neste dia, há 23 anos, realiza-se neste Santuário Nacional, a Romaria dos Trabalhadores e, desde a algum tempo, acontece, aqui, e em outros lugares do Brasil, “O Grito dos Excluídos”, manifestação popular a favor de um Brasil com desenvolvimento econômico e justiça social.

“A economia deve ser orientada para a promoção humana, a procura do bem comum, o desenvolvimento integral, político, cultural e espiritual dos indivíduos, das famílias e da sociedade” (Bento XVI). A crise financeira que explodiu no final de 2008 e continua ainda a repercutir, até hoje em alguns países, colocou em evidência que o problema não é a falta de recursos econômicos e sim a gestão dos recursos que, hoje, são enormes, mas sem referência ética. O seu único princípio é que o dinheiro deve produzir mais dinheiro. É preciso unir verdade e caridade nas decisões e planos dos responsáveis do mundo das finanças.

Na primeira leitura que escutamos, Paulo recorda à comunidade do Corinto que, antes de se converterem a Cristo, alguns deles levavam uma vida moralmente má. Graças ao batismo que receberam e à força do Espírito Santo, foram purificados, lavados de seus pecados.

Entre os cristãos pode surgir, contudo, algum conflito interno: alguém pode se considerar injustiçado ou prejudicado por outro. Mas os cristãos não deveriam recorrer aos tribunais dos pagãos para resolver as discórdias entre eles. Os problemas internos entre os cristãos devem ser resolvidos na comunidade pelo diálogo, a correção fraterna, o perdão, como ensina Jesus no evangelho.

Desde que Cristo veio ao mundo, o amor é a medida de todas das coisas e aqueles que pertencem a Cristo pelo batismo, devem se inspirar no exemplo de Cristo para resolver discórdias e conflitos no interior da comunidade.

No evangelho, Lucas narra a escolha por Jesus dos doze apóstolos, seus colaboradores mais próximos. Entre eles, Pedro será estabelecido o chefe do grupo. Aos doze apóstolos, Jesus deu o poder e a autoridade de continuar sua missão evangelizadora e santificadora. “Ide por todo o mundo e fazei discípulos todos os povos”. Lucas sublinha que antes de tomar qualquer decisão importante, como a escolha dos doze, “Jesus foi a montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus”.

Hoje é o Dia da Pátria e estamos em pleno tempo da propaganda eleitoral, período que precede a eleição para Presidente da República, Governadores, Senadores e Deputados. Este é um momento oportuno e importante para nós brasileiros. Temos o poder em nossas mãos de decidir, livremente, secretamente, na cabine de votação, diante de Deus, da sociedade e da própria consciência, com o voto, qual o futuro, qual o rumo que queremos para o nosso país. Para isso, “temos o dever de escolher somente pessoas dignas e capazes de exercer cargos públicos e de excluir os candidatos que segundo nossa consciência, iluminada pela fé cristã, poderão vir a ser instrumentos que violem a lei de Deus.”

Rezemos para que Deus por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, ilumine e proteja nossos governantes, nossas famílias, o povo brasileiro!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Bíblia, Palavra de Deus escrita


No Brasil, a Igreja dedica o último domingo do mês de setembro ao Dia da Bíblia. A Bíblia para nós cristãos é a Palavra de Deus contida nos livros sagrados, escritos sob a inspiração do Espírito Santo. A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o Povo de Deus. Toda leitura da Sagrada Escritura deve levar-nos ao encontro pessoal com Jesus Cristo, a amá-lo, imitá-lo e testemunhá-lo em nossa vida.

“Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
Ao celebrar o Dia da Bíblia no último domingo de setembro, a Igreja nos convida todos nós a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada.

O mundo de hoje é marcado pelo individualismo e pelo relativismo ético, por incertezas e divergências diante de tantas opiniões sobre temas fundamentais, como a vida, a verdade, a família... É necessário deixar-se guiar pela Palavra de Deus interpretada pelo Magistério da Igreja, pois é na leitura assídua da Escritura, como afirma São Paulo, na segunda carta a Timóteo, que o homem de Deus alimenta sua fé, seu zelo missionário e seu reto agir.

“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra” (2 Tm 3,16-17), ou como afirma o salmista “a lâmpada para os meus passos é tua palavra e luz para o meu caminho” (Sl 119,105).

Setembro é no hemisfério sul o mês da primavera, estação na qual a natureza recobra vida nova, dinamismo novo. Tudo parece rejuvenescer neste tempo. E o Papa Bento XVI diz que o rejuvenescimento da Igreja deve partir da redescoberta da Palavra de Deus e que este rejuvenescimento deve ser como uma “nova primavera” , portadora de redobrado dinamismo para a missão evangelizadora e a promoção humana.