terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Natal do Senhor Jesus - 2011 Santuário Nacional


Noite santa porque nesta noite celebramos o nascimento do Salvador, que é o Cristo, o Senhor. Hoje desceu do céu sobre nós a verdadeira paz. Exultemos de alegria no Senhor.

Alegremo-nos, exultemos, demos graças a Deus e felicitemo-nos mutuamente, porque como anunciou o profeta Isaias “nasceu para nós um menino: foi-nos dado um filho; ele traz nos ombros a maca da realeza; o nome que lhe foi dado é: conselheiro admirável, Deus forte, pai dos tempos futuros, príncipe da paz.”. E o anjo anunciou aos pastores da região de Belém, na noite do nascimento de Jesus, “não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para nós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.

Apenas duas vezes no decorrer do ano, a Igreja nos convoca para rezar de noite: na noite de Natal e na noite da Vigília Pascal. Duas noites que nos falam de um único mistério. Nesta noite de Natal, celebramos o início de nossa redenção, da nossa salvação. “Nesta noite a graça de Deus, manifestou-se trazendo a salvação para todos os homens”. Na noite da vigília pascal, celebramos a plenitude da salvação realizada pela paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No Natal é Deus que se fez homem, um de nós; na Páscoa somos nós que nos tornamos filhos de Deus pelo Espírito Santo derramado em nossos corações. No Natal como na Páscoa, Jesus é o protagonista da história da nossa salvação.

No evangelho desta noite, Lucas mostra-nos que a história está nas mãos de Deus. Através do decreto do Imperador César Augusto, o mais célebre imperador de Roma, Deus prepara o nascimento do Salvador do mundo.

O imperador baixou um decreto ordenando o recenseamento do mundo inteiro. José por ser da família e descendência de Davi, partiu para Belém, sua cidade, juntamente, com sua esposa, Maria, que estava grávida, para registrar-se com ela.

Numa noite santa produziu-se o encontro perfeito entre Deus e o homem em Jesus. Em Jesus estava Deus e o homem. Ele é Deus e homem. O céu e a terra se encontram e Maria é essa ponte de união entre o divino e o humano.

Deus veio ao nosso encontro, abaixou-se, assumiu totalmente a natureza humana para que o homem fosse elevado, divinizado. Esse é o fundamento da dignidade sagrada e inviolável da pessoa humana. Ao unir-se a cada um de nós, Jesus Cristo nos conferiu uma dignidade singular. O valor da pessoa humana é tão grande que o próprio Deus se fez homem.

Essa é a mensagem, a lição perene do Natal de Jesus. Nós cristãos, católicos, estamos convidados, em cada Natal, a redescobrir esse mistério do amor infinito de Deus para conosco e a testemunhá-lo no nosso ambiente social a fim de construirmos um mundo de paz, fruto da justiça, da solidariedade e do perdão.

Hoje é Natal, mas para quem ama, todo dia é, de certa maneira, Natal em seu coração, porque onde há o amor, a caridade, Deus aí habita. Acolhamos Jesus que vem ao nosso encontro nesta Eucaristia para nos renovar, nos transformar para nos fazer instrumentos na construção de um mundo mais humano, de uma vida mais digna para todas as pessoas, sobretudo, para as que sofrem e as mais necessitadas.

A todos os presentes, aos diocesanos, padres, consagrados e fiéis que estão unidos a nós nesta celebração, a todos os missionários redentoristas, que exercem seu trabalho pastoral, com tanto zelo e dedicação, na Arquidiocese de Aparecida, meus votos de Feliz e Santo Natal e que o Menino Jesus, o Príncipe da Paz, abençoe a todos e conceda a todos a sua paz.

Vespera de Natal - Santuário Nacional 2011


Noite santa porque nesta noite celebramos o nascimento do Salvador, que é o Cristo, o Senhor. Hoje desceu do céu sobre nós a verdadeira paz. Exultemos de alegria no Senhor.

Alegremo-nos, exultemos, demos graças a Deus e felicitemo-nos mutuamente, porque como anunciou o profeta Isaias “nasceu para nós um menino: foi-nos dado um filho; ele traz nos ombros a maca da realeza; o nome que lhe foi dado é: conselheiro admirável, Deus forte, pai dos tempos futuros, príncipe da paz.”. E o anjo anunciou aos pastores da região de Belém, na noite do nascimento de Jesus, “não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para nós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.

Apenas duas vezes no decorrer do ano, a Igreja nos convoca para rezar de noite: na noite de Natal e na noite da Vigília Pascal. Duas noites que nos falam de um único mistério. Nesta noite de Natal, celebramos o início de nossa redenção, da nossa salvação. “Nesta noite a graça de Deus, manifestou-se trazendo a salvação para todos os homens”. Na noite da vigília pascal, celebramos a plenitude da salvação realizada pela paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No Natal é Deus que se fez homem, um de nós; na Páscoa somos nós que nos tornamos filhos de Deus pelo Espírito Santo derramado em nossos corações. No Natal como na Páscoa, Jesus é o protagonista da história da nossa salvação.

No evangelho desta noite, Lucas mostra-nos que a história está nas mãos de Deus. Através do decreto do Imperador César Augusto, o mais célebre imperador de Roma, Deus prepara o nascimento do Salvador do mundo.

O imperador baixou um decreto ordenando o recenseamento do mundo inteiro. José por ser da família e descendência de Davi, partiu para Belém, sua cidade, juntamente, com sua esposa, Maria, que estava grávida, para registrar-se com ela.

Numa noite santa produziu-se o encontro perfeito entre Deus e o homem em Jesus. Em Jesus estava Deus e o homem. Ele é Deus e homem. O céu e a terra se encontram e Maria é essa ponte de união entre o divino e o humano.

Deus veio ao nosso encontro, abaixou-se, assumiu totalmente a natureza humana para que o homem fosse elevado, divinizado. Esse é o fundamento da dignidade sagrada e inviolável da pessoa humana. Ao unir-se a cada um de nós, Jesus Cristo nos conferiu uma dignidade singular. O valor da pessoa humana é tão grande que o próprio Deus se fez homem.

Essa é a mensagem, a lição perene do Natal de Jesus. Nós cristãos, católicos, estamos convidados, em cada Natal, a redescobrir esse mistério do amor infinito de Deus para conosco e a testemunhá-lo no nosso ambiente social a fim de construirmos um mundo de paz, fruto da justiça, da solidariedade e do perdão.

Hoje é Natal, mas para quem ama, todo dia é, de certa maneira, Natal em seu coração, porque onde há o amor, a caridade, Deus aí habita. Acolhamos Jesus que vem ao nosso encontro nesta Eucaristia para nos renovar, nos transformar para nos fazer instrumentos na construção de um mundo mais humano, de uma vida mais digna para todas as pessoas, sobretudo, para as que sofrem e as mais necessitadas.

A todos os presentes, aos diocesanos, padres da Arquidiocese, consagrados e fiéis que estão unidos a nós nesta celebração, a todos os missionários redentoristas, que exercem seu trabalho pastoral, com tanto zelo e dedicação, na Arquidiocese de Aparecida, meus votos de Feliz e Santo Natal e que o Menino Jesus, o Príncipe da Paz, abençoe a todos e conceda a todos a sua paz.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Reinauguração da matriz de Conselheiro Lafaiete (MG)


Agradeço a Dom Geraldo Lyrio por ceder-me a presidência desta celebração, e ao Pe. José Maria e ao Sr. Prefeito, o convite para comemorar meu Jubileu Episcopal de Prata e minha nomeação de Cardeal, numa data tão significativa, como a de hoje, na qual se celebram a Solenidade da Padroeira desta Paróquia e a reinauguração de sua histórica matriz, do século XVIII, após sua completa restauração, realizada em parceria com a Paróquia, a Prefeitura Municipal, e a Gerdau Aço Minas.

A antiga matriz, de estilo barroco, agora rejuvenescida e mais bela, se sobressai, ainda mais, com a reforma da praça em frente à sua entrada principal.

Felicito a todos que se empenharam e colaboraram na reforma deste templo, orgulho do povo de Conselheiro Lafaiete e visita obrigatória dos turistas que visitam esta região histórica de Minas Gerais.

Tenho para com esta Matriz de Nossa Senhora da Conceição, um vínculo afetivo todo particular, pois, aqui, nesta Igreja, há 43 anos, no dia 19 de março de 1968, fui ordenado sacerdote por Dom José Newton de Almeida Baptista, primeiro Arcebispo da Arquidiocese de Brasília. Dom Oscar de Oliveira, então Arcebispo de Mariana, enviou-me ao concluir o Curso de Filosofia, em missão, em 1960, para colaborar com a Igreja que estava se formando na Nova Capital do Brasil. Hoje, aqui, estou, cheio de emoção, como Arcebispo de Aparecida e Cardeal da Santa Igreja, para agradecer a Deus o dom de minha vocação sacerdotal e partilhar com todos os lafaietenses, o grande júbilo pela reinauguração desta bela Matriz.

Celebramos, hoje, a solenidade da Imaculada Conceição, padroeira desta paróquia, instituída canonicamente em 1709, localizada no então arraial de Campo Alegre dos Carijós, hoje Conselheiro Lafaiete.

Estamos no Advento e a Virgem Maria ocupa um lugar privilegiado neste tempo de espera do Natal. Maria foi cumulada de toda graça desde sua concepção, no ventre de sua mãe. Ela é toda santa, é cheia de graça, como reza o povo devoto: “Ave Maria, cheia de graça”. Como Maria foi agraciada, e especialmente, amada por Deus, nós também fomos amados por Deus, como diz São Paulo, na segunda leitura de hoje: “Deus nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme decisão de sua vontade, para o louvor de sua glória e da graça com que Ele nos cumulou no seu bem-amado” (Ef 1,5-6). Jesus, o Filho de Maria, nasceu em Belém para nos salvar e nos fazer filhos e filhas de seu Pai e Nele todos nós, irmãos e irmãs. Desde o batismo, participamos desta filiação divina. Esta é a razão de nossa dignidade e nosso maior título de honra, que nos dá paz e alegria, mesmo em meio as dificuldades da vida.

No evangelho, Maria nos é apresentada como Virgem, quer dizer, como aquela que se colocou totalmente, disponível para fazer a vontade de Deus. Isabel é apresentada como estéril, para destacar a ação de Deus no nascimento do seu filho, João Batista, chamado a ser o precursor do Messias. “Para Deus nada é impossível”, disse o Anjo a Maria.

A resposta de Maria ao anúncio do anjo Gabriel ilumina o nosso Advento. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” A resposta de Maria expressa sua entrega total ao plano de Deus. “Maria” é o nome que lhe deu seus pais; “cheia de graça”, é o nome que Deus lhe deu e “Serva do Senhor” é o nome que ela se deu a si mesma, o nome com o qual se apresentou ante o chamado para colaborar no plano salvífico do Senhor Deus.

Graças ao seu “sim”, Maria transformou a história da humanidade: o mundo recebeu a salvação definitiva por meio de Jesus, o seu Filho.

O Natal está próximo. Aprendamos com Maria que acolheu cheia de fé, humildade e disponibilidade, o plano de Deus em sua vida, a acolher, também nós, Jesus em nosso coração, neste Natal e a amá-lo sempre mais para imitá-lo e anunciá-lo pela palavra e pelo nosso testemunho de vida.

A todos meus votos antecipados de um Feliz e Santo Natal e um Ano Novo com copiosas bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora, a Imaculada Conceição.