quinta-feira, 8 de setembro de 2011

24ª Romaria dos Trabalhadores - Santuário Nacional - 07/09/2011


Hoje, no Dia da Pátria, realiza-se a 24ª Romaria dos Trabalhadores ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, e desde 1995, na mesma data, acontece o Grito dos Excluídos, em Aparecida, promovido pelas pastorais sociais.

São Paulo na primeira leitura de hoje, na carta aos Colossenses, nos recorda que se pelo batismo morremos com Cristo e ressuscitamos com ele, devemos procurar as coisas do alto e não as da terra. O que significa este apelo de Paulo? Será que devemos sonhar só com a felicidade no céu e deixar de lado nossos compromissos como cidadãos e cristãos, aqui, na terra? Interpretar o texto de São Paulo assim, seria um erro.


A vida futura para o cristão já iniciou aqui na terra. A vida com Cristo ressuscitado já começou para o cristão, com o batismo. Não devemos esperar começar a vier uma vida nova em Cristo, somente depois da morte. Buscar as coisas do alto significa buscar os verdadeiros valores: a solidariedade, o verdadeiro amor, a paz, a honestidade, a defesa da vida, o desapego dos bens materiais, a moralidade sexual.

A vocação cristã não é fuga do mundo, mas compromisso de transformação positiva do mundo e o cristão, graças a força que brota da ressurreição de Cristo, pode vencer o mal e a morte e renovar em Cristo, o mundo.

O evangelho de hoje, nos falam das bem-aventuranças, segundo o evangelho de Lucas. O cristão não deve conformar-se ao mundo por medo de ser criticado ou então, pelo desejo de ser elogiado pelos outros. Se nos criticam porque não vivemos a nossa vocação cristã, então, devemos mudar. Se nos criticam, porém, porque vivemos segundo o evangelho, devemos permanecer firmes na nossa esperança e na fidelidade a Cristo.

Nesta Eucaristia vamos agradecer e louvar a Deus pelo dom da criação, reflexo da sabedoria e beleza do Criador. Deus encomendou ao homem e à mulher sua obra criadora para que a cultivasse e guardasse (Gn 2,15). As gerações que nos sucederão tem direito a receber um mundo habitável e não um planeta com ar contaminado.

Agradeçamos, também, a todos que se empenham corajosamente na luta em defesa da vida e do ambiente, e peçamos o perdão de Deus pelos ataques contra a vida humana e contra a vida, em geral, no nosso planeta e comprometamo-nos a lutar pela vida, pela dignidade e integridade da pessoa humana e a cuidar da criação como casa de todos os seres vivos e matriz da vida do planeta.

Nesta Eucaristia, peçamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil, que ilumine e proteja nossos governantes para que governem com justiça e promovam o desenvolvimento do nosso país para o bem comum de todo o povo brasileiro.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

23º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional


Pelo batismo, tornam-nos filhos de Deus, herdeiros do reino dos céus e membros da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Formamos uma só Igreja e essa unidade entre nós se manifesta de maneira mais visível na celebração da eucaristia, onde, embora sendo muitos, formamos um só corpo, pois, partilhamos o único pão, que é o corpo de Cristo (I Cor 10, 16-17).

As leituras de hoje, do profeta Ezequiel e do evangelho de Mateus nos recordam que ao vivermos em comunidade, somos corresponsáveis pelos outros e não podemos viver nossa vida isoladamente, por nossa própria conta.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel sente-se corresponsável pela salvação e condenação do seu povo, por isso, convida a denunciar o pecado do povo de Israel.

Mateus, no capítulo 18 do seu evangelho reúne algumas orientações práticas, dadas por Jesus, para a vida de comunidade cristã. No próximo domingo, continuaremos a escutar outras orientações para a vida em comunidade. No texto deste domingo, Mateus nos convida a reconciliação fraterna, priorizando o diálogo, baseado no amor.

Pelo batismo participamos da missão profética de Cristo e por isso não podemos ficar indiferentes ou omissos diante do mal neste mundo e na nossa comunidade eclesial.

Temos o direito e o dever de participar na vida de nossa comunidade eclesial, colaborando nas diversas pastorais, serviços, conselhos de administração e de pastoral, ajudando a melhorar as coisas com a nossa palavra e o nosso trabalho.

No âmbito da vida familiar, os esposos podem ajudar-se mutuamente na correção de alguma falha. Os pais, no diálogo com os filhos, devem mostrar-lhes o caminho do bem e ajudá-los a retomar este caminho, quando dele se afastaram. A correção fraterna produz o efeito desejado quando é exercida no diálogo feito, oportunamente, e motivada pelo amor ao nosso próximo. São Paulo, na 2ª leitura, nos recorda que “o amor não faz nenhum mal contra o próximo e que o amor é um cumprimento perfeito da lei.”

Na vida civil, como cidadão, tudo o que diz respeito ao bem-comum da sociedade não pode ser estranho a nós. Devo exercer a minha missão profética, de denunciar o pecado existente nas estruturas sociais, como a injustiça, a corrupção, a violência, o que fere a dignidade humana, enfim, tudo que vai contra o evangelho.

Cristo ressuscitado está presente de muitas maneiras em sua Igreja. O evangelho de hoje nos lembra que Ele está presente quando nos reunimos para orar: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles” (Mt 18,20). Estamos aqui reunidos em nome de Jesus. No seu Espírito escutamos a Palavra de Deus. Pela força do seu Espírito o pão e o vinho se transformaram no corpo do Senhor. Peçamos também ao Espírito Santo que transforme nossa mente e nosso coração, para que sejamos promotores da reconciliação em nosso meio através do diálogo baseado na verdade e no amor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Setembro, mês da Bíblia


Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa popular e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.

Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo presente, tão necessitado de sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).

A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o Povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas as palavras da Sagrada Escritura tem seu sentido definitivo Nele, porque é no mistério de sua morte e ressurreição que o plano de Deus para a nossa salvação se cumpre plenamente.