segunda-feira, 10 de junho de 2013

10º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional

As leituras que acabamos de escutar, a do primeiro livro dos Reis e a do evangelho de Lucas, relatam dois milagres: a ressurreição do filho da viúva de Sarepta e a ressurreição do filho da viúva de Naim.

Na primeira leitura, o profeta Elias realiza a ressurreição do menino não pelo próprio poder, mas  graças ao poder de Deus a quem ele suplica confiante: “Senhor, meu Deus, faze, te rogo, que a alma deste menino volte às suas entranhas”. O Senhor ouviu a voz de Elias e o menino recuperou a vida.

No evangelho, Lucas destaca a compaixão de Jesus para com aquela mulher viúva, que levava o seu único filho para ser sepultado.

Jesus não espera, toma a iniciativa e se aproxima daquela mãe desolada e lhe diz: “Não chores!” Aproximou-se, tocou o caixão e disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” E Jesus o entregou à sua mãe.

Diferentemente do profeta Elias, Jesus não invoca a Deus, mas ressuscita o jovem com o seu próprio poder. “Eu te ordeno, levanta-te”.

Em Jesus, e por meio dele, Deus manifesta o seu poder sobre a vida e a morte. Jesus se revela não só  como o grande profeta, mas  como a  presença de Deus entre o seu povo. “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio  visitar o seu povo”, exclama a multidão.

De fato, ressuscitar mortos é uma ação exclusiva do poder de Deus. O Deus da vida e da morte se faz presente em Jesus.

Somente Lucas, entre os evangelistas, narra esse milagre de Jesus. Temos, às vezes, a tendência em ressaltar o milagre realizado por Jesus. Mas é importante, também, prestar atenção na ternura, na solidariedade de Jesus para com os pobres, os sofredores representados na pessoa  daquela mulher viúva que perdeu o seu único filho.

Com esse milagre, Jesus anuncia a sua própria ressurreição, que será de outra ordem. A nossa esperança na ressurreição se baseia na ressurreição de Cristo. Deus no seu poder dará definitivamente ao nosso corpo a vida  incorruptível, unindo-o a nossa alma pelo poder da Ressurreição de Jesus. Nós ressuscitaremos como Ele, com Ele e por Ele. E a comunhão do corpo de Cristo na Eucaristia é certeza de nossa ressurreição. “Quem come deste pão viverá sempre”. 

Contemplando a atitude de Jesus, no Evangelho de hoje, peçamos-lhe que abra o nosso coração ao amor, à compaixão, à solidariedade para com nossos irmãos mais sofridos, mais necessitados, tornando-nos assim mais semelhantes ao próprio Jesus. E que a fé e a esperança da vida futura não nos afastem de nossos  compromissos de construir um mundo mais justo e solidário, sinal do reino definitivo. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A espera do Papa Francisco

O próximo mês de julho será muito especial  para todos nós brasileiros. É o mês em que acontecerá, entre os dias 23 a 28,  a Jornada Mundial da Juventude,  na cidade do Rio de Janeiro, evento que reunirá jovens do mundo inteiro para rezar, cantar e louvar a Deus.  Serão dias de evangelização, de alegria e  de muitas bênçãos. 

A JMJ contará com a presença do Papa Francisco. Sua Santidade chegará no Brasil no dia 23 de julho, e já na manhã do dia 24, nos dará a honra de visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Este gesto do Santo Padre demonstra sua devoção pessoal à Virgem Maria e seu carinho pelo povo brasileiro. No Santuário Nacional, o Papa Francisco celebrará a Santa Missa e, em seguida, irá ao Seminário Missionário Bom Jesus, onde almoçará e  fará um breve descanso.

A nossa pequena cidade de Aparecida, o Santuário Nacional e o Seminário Missionário Bom Jesus podem se sentirem privilegiados e orgulhosos, pois poucos lugares no mundo  tiveram a honra de receber 3 Papas: João Paulo II, em 1980; Bento XVI, em 2007; e agora o Papa Francisco.

Importante recordar que o Papa Francisco esteve em Aparecida no ano de 2007, entre os dias 13 a 31 de maio, para participar da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Na época, ele era o Cardeal Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, capital da Argentina. Na V Conferência, o Cardeal Bergoglio foi designado presidente da Comissão de Redação do Documento Conclusivo da  V Conferência – o Documento de Aparecida. Certamente, o Papa Francisco deve ter boas recordações daqueles dias vividos  aqui.  E agora, ele retorna na condição de Sucessor de Pedro. 

Alegremo-nos, pois, com a Jornada Mundial da Juventude e com a presença do nosso querido Papa em terras brasileiras.  Estejamos com o coração aberto para acolher sua mensagem. Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos dê sabedoria e coragem para colocar em prática o lema da Jornada: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Que a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, nos ajude nesse propósito.