quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A liberdade religiosa, um caminho para a paz


O saudoso Papa Paulo VI instituiu o primeira dia de janeiro, o Dia Mundial da Paz. Desde 1967, a Igreja nos convida a rezar pela paz no mundo e todos os anos o Papa dirige uma mensagem especial a todas as pessoas de boa vontade sobre o tema da paz, dom precioso para todos nós. Neste ano, Bento XVI escolheu para sua mensagem o tema: “A Liberdade Religiosa, um caminho para a paz”.

O ano de 2010 terminou marcado, infelizmente, por terríveis atos de violência e de intolerância religiosa, em particular, no Oriente Médio, África e Ásia. Devemos ser solidários com nossos irmãos vítimas de violência e perseguição, de desprezo e de humilhação, e trabalharmos pela construção de um mundo mais justo, mais habitável, humano e fraterno. “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

Infelizmente, em algumas regiões do mundo, sobretudo no Oriente Médio, com raras exceções, ainda hoje não é possível professar e exprimir livremente a própria religião na âmbito particular ou social, sem colocar em risco a vida e a própria liberdade. Noutras regiões, como no nosso mundo ocidental, existe em certos meios, preconceito contra os símbolos religiosos, como se fossem um afronta àqueles que não professam a religião cristã. Na América Latina, a grande maioria do povo é cristão, católico e os símbolos religiosos fazem parte da historia, das tradições, da identidade cultural do nosso povo. Num mundo pluricultural, plurirreligioso e pluriétnico, é fundamental respeitar e acolher o diferente para construir um mundo de paz.

O direito a professar sua própria religião ou sua fé é fundado na dignidade da pessoa humana, criada a imagem e semelhança de Deus, que a dotou de uma capacidade de entrar em relação com o Criador. Proibir alguém de crer ou não crer é negar-lhe algo que é natural a todo o ser humano, o direito de relacionar-se com o Absoluto, o Transcendente que nós chamamos Deus.

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