segunda-feira, 5 de setembro de 2011

23º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional


Pelo batismo, tornam-nos filhos de Deus, herdeiros do reino dos céus e membros da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Formamos uma só Igreja e essa unidade entre nós se manifesta de maneira mais visível na celebração da eucaristia, onde, embora sendo muitos, formamos um só corpo, pois, partilhamos o único pão, que é o corpo de Cristo (I Cor 10, 16-17).

As leituras de hoje, do profeta Ezequiel e do evangelho de Mateus nos recordam que ao vivermos em comunidade, somos corresponsáveis pelos outros e não podemos viver nossa vida isoladamente, por nossa própria conta.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel sente-se corresponsável pela salvação e condenação do seu povo, por isso, convida a denunciar o pecado do povo de Israel.

Mateus, no capítulo 18 do seu evangelho reúne algumas orientações práticas, dadas por Jesus, para a vida de comunidade cristã. No próximo domingo, continuaremos a escutar outras orientações para a vida em comunidade. No texto deste domingo, Mateus nos convida a reconciliação fraterna, priorizando o diálogo, baseado no amor.

Pelo batismo participamos da missão profética de Cristo e por isso não podemos ficar indiferentes ou omissos diante do mal neste mundo e na nossa comunidade eclesial.

Temos o direito e o dever de participar na vida de nossa comunidade eclesial, colaborando nas diversas pastorais, serviços, conselhos de administração e de pastoral, ajudando a melhorar as coisas com a nossa palavra e o nosso trabalho.

No âmbito da vida familiar, os esposos podem ajudar-se mutuamente na correção de alguma falha. Os pais, no diálogo com os filhos, devem mostrar-lhes o caminho do bem e ajudá-los a retomar este caminho, quando dele se afastaram. A correção fraterna produz o efeito desejado quando é exercida no diálogo feito, oportunamente, e motivada pelo amor ao nosso próximo. São Paulo, na 2ª leitura, nos recorda que “o amor não faz nenhum mal contra o próximo e que o amor é um cumprimento perfeito da lei.”

Na vida civil, como cidadão, tudo o que diz respeito ao bem-comum da sociedade não pode ser estranho a nós. Devo exercer a minha missão profética, de denunciar o pecado existente nas estruturas sociais, como a injustiça, a corrupção, a violência, o que fere a dignidade humana, enfim, tudo que vai contra o evangelho.

Cristo ressuscitado está presente de muitas maneiras em sua Igreja. O evangelho de hoje nos lembra que Ele está presente quando nos reunimos para orar: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles” (Mt 18,20). Estamos aqui reunidos em nome de Jesus. No seu Espírito escutamos a Palavra de Deus. Pela força do seu Espírito o pão e o vinho se transformaram no corpo do Senhor. Peçamos também ao Espírito Santo que transforme nossa mente e nosso coração, para que sejamos promotores da reconciliação em nosso meio através do diálogo baseado na verdade e no amor.

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