segunda-feira, 10 de outubro de 2011

28º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional















Dentre as experiências que mais valorizamos e apreciamos, merece destaque aqueles momentos de convivência, de encontros alegres e felizes que passamos em companhia de nossos familiares ou amigos, freqüentemente, ocorridos durante uma refeição. Saimos desses encontros confortados, reabastecidos e com o desejo de que se repitam mais vezes.


As leituras deste domingo que acabamos de escutar nos falam de um banquete de bodas para nos fazer entender a vida eterna, o céu para onde todos nós estamos caminhando.


Na primeira leitura de hoje, do profeta Isaías, Deus promete uma felicidade extraordinária, simbolizada por um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro.


No evangelho, inspirado em Isaías, Jesus compara o reino dos céus a um banquete de casamento que o rei preparou para o seu filho.


A Escritura usa diversas imagens, como, o banquete de bodas, a Casa do Pai, a Jerusalém Celeste, o paraíso e outras mais, para nos falar dessa felicidade que Deus nos prepara e que consiste na união com Ele, felicidade iniciada aqui na terra, mas que só será plena, completa no céu.


Este mistério de comunhão feliz com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda representação. Conforme São Paulo, na primeira carta aos Coríntios, “aquilo que o olho não viu nem o ouvido ouviu nem a mente humana concebeu, isso Deus preparou para os que O amam.” (I Cor 2,9) ou o esperam, segundo o texto do profeta Isaías.


O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado supremo e definitivo de felicidade. “Deus nos fez para ele, diz Santo Agostinho, e nosso coração permanece inquieto enquanto não encontrar em Deus o seu repouso”.


A nossa meta final é um banquete, uma festa, por isso, não se compreende um cristão triste, sem esperança, mesmo que tenha que enfrentar dificuldades, contrariedades.


Todos somos convidados, sem distinção, a participar do banquete do reino dos céus. Para isso, temos que nos tornar discípulos de Cristo e viver de maneira coerente com essa opção de fé. É necessário ter o “o traje de festa”, o que significa estar à altura do chamado, isto é, levar uma conduta, uma vida de honestidade, de solidariedade, de justiça, de compromisso transformador da sociedade. A oferta da salvação é ampla e generosa; nós é que corremos o risco de nos envolvermos em nossos negócios, nos distrairmos com tantas coisas fúteis e deixarmos de lado o mais importante que é o de escutar o apelo de Deus em nossa vida.


A Eucaristia é antecipação do banquete do Reino. “Desta grande esperança do banquete do reino dos céus não temos garantia mais segura, sinal mais manifesto que a Eucaristia. Cada vez que se celebra esse mistério, se realiza a obra de nossa redenção e partimos um mesmo pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre” (CIC 1405).

Um comentário:

  1. Dom Damasceno,
    encontrei o endereço do blog na página do site arquidiocese de Aparecida, fiquei mito feliz. Navegando pelas páginas e lendo as postagens, percebe-se uma sabedoria imensa nas palavras. Que DEUS e Nossa Senhora Aparecida continue te abençoando para levar ao mundo a evangelização.
    Paz e bem ....sempre ...Amém!!!
    Abraço carinhoso!
    Marimaura

    ResponderExcluir