segunda-feira, 9 de maio de 2011

3º Domingo da Páscoa - Dia das Mães - Santuário Nacional


Celebramos hoje o 3º. Domingo da Páscoa e no calendário civil, no Brasil, comemoramos o Dia das Mães.

A estátua de João Paulo II que está aqui no presbitério nos faz recordar sua pessoa, e, especialmente, sua beatificação pelo Papa Bento XVI, no dia 1º. de maio passado, que contou com a participação de quase 2 milhões de pessoas em Roma. Queremos nesta Eucaristia louvar a Deus e agradecer ao Papa Bento XVI a beatificação deste santo Pontífice, de quem o povo brasileiro guarda a mais grata recordação de suas três visitas apostólicas e de suas iluminadoras mensagens. Pedimos a Deus, por sua intercessão, que proteja nosso povo e guie o nosso País pelos caminhos da prosperidade, na justiça, na solidariedade e na paz.

Pedro, no seu primeiro discurso aos judeus, no dia de Pentecostes, afirma que Cristo ressuscitou e que a paixão e a morte de Jesus foram caminhos escolhidos por Deus em seu desígnio insondável, para realizar a nossa salvação. E que esses acontecimentos já tinham sido previstos no Antigo Testamento. “Deus em seu desígnio e previsão determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou” (At 2, 23-24).

O evangelho de hoje é, do ponto de vista literário, uma das páginas mais belas do Novo Testamento. O texto do evangelista Lucas, narra o encontro de Jesus com dois de seus discípulos, que não pertenciam ao grupo dos onze apóstolos. Estes dois discípulos desiludidos com o que aconteceu com Jesus na sexta-feira e descrentes do anúncio de algumas mulheres que foram ao túmulo e voltaram dizendo que viram anjos e que estes tinham afirmado que Jesus está vivo, resolveram abandonar os outros discípulos e a cidade de Jerusalém e regressar ao seu povoado chamado Emaús.

O próprio Senhor ressuscitado é quem vai ao encontro dos dois discípulos tristes e abatidos e enquanto caminhavam, Jesus relê com eles a história de Israel, “começando por Moisés e passando pelos profetas, explica-lhes todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele” (Lc 24,27). Jesus mostrou-lhes que a cruz não foi um fracasso e que tudo que aconteceu com o Cristo, fazia parte do plano salvífico de Deus. “Será que o Cristo, dizia-lhes Jesus, não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória” (Lc 24,26)?

Ao chegarem ao seu destino, os dois discípulos decidiram convidar Jesus para permanecer come eles, pois já estava anoitecendo. Jesus entrou em casa e ao assentar-se à mesa com seus anfitriões, “ele tomou o pão, abençoo-o, partiu-o e o distribuiu. Neste momento, diz o evangelho, os seus olhos se abriram e reconheceram a Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles” (Lc 24,30-32).

Tendo reconhecido a presença do Ressuscitado na Escritura e na Eucaristia, os dois discípulos recobram o entusiasmo perdido e voltam a Jerusalém para se integrarem novamente à sua comunidade e confirmados na sua fé pelo testemunho dos onze, “realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”, os dois discípulos se tornaram junto com os apóstolos, missionários do Senhor ressuscitado.

O Cristo ressuscitado continua presente no meio de nós e caminha conosco e nós podemos também encontrá-lo na fé recebida e vivida na Igreja, que é a nossa casa. Como aconteceu com os discípulos de Emaús, Jesus Cristo continua vindo ao nosso encontro e podemos fazer uma experiência de encontro de fé com Ele, conforme indica o Documento de Aparecida. Entre os diversos lugares de encontro com Cristo, indicados pelo Documento, destaco os três lugares do encontro do Ressuscitado com os discípulos de Emaús: na Escritura, lida na Igreja, através da leitura orante da Bíblia, bem praticada; na eucaristia, lugar privilegiado do encontro do discípulo com Cristo, pois sem a participação ativa na celebração eucarística, sobretudo, dominical, não existirá um discípulo missionário maduro; numa comunidade viva na fé e no amor fraterno, pois “onde estão dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”

Neste 2º. Domingo de maio, comemoramos no Brasil, o Dia das Mães. Neste mês de maio veneramos, de modo muito especial, aquela que é a Mãe de Deus, e nossa Mãe, a Virgem Maria a quem amamos e veneramos em todo o Brasil com o título de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira.

Celebrar as mães é celebrar a vida, sua presença amorosa no lar, presença que acolhe, cuida, educa e ajuda a crescer. Neste dia queremos parabenizar e agradecer as mulheres deste imenso Brasil que assumem e vivem com dedicação e responsabilidade sua vocação materna. O dia das Mães recorda-nos também a importância fundamental da família natural, fundada na união entre o homem e a mulher e a sua imprescindível missão na construção desta grande família que é a humanidade. Aproveito esta oportunidade para recordar e convidar a todos para a terceira Romaria Nacional da Família que se realizará no Santuário Nacional, no dia 29 de maio, domingo.

Deus Pai derrame suas bênçãos sobre as mães e as famílias do nosso Brasil e a todas o nosso abraço afetuoso e as nossas orações.

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