terça-feira, 26 de julho de 2011

17º Domingo Comum - Santuário Nacional - 24.07


É sempre motivo de alegria, para nós cristãos, nos reunirmos, cada domingo, na casa do Senhor e da Mãe de Deus, para nos alimentar da Palavra de Deus e do corpo e sangue de Cristo na Eucaristia.

A primeira leitura de hoje, do primeiro livro dos Reis, nos apresenta a oração de Salomão ao iniciar o seu governo, e o texto do evangelho de Mateus encerra o cap. 13 com as três parábolas: a do tesouro escondido, a da pérola preciosa e a da rede que apanha peixes de todo tipo. Com essas três parábolas, Jesus continua a explicar aos seus ouvintes o mistério do Reino de Deus e o seu valor incomparável.

Salomão, filho de Davi, eleito rei de Israel, ainda jovem, tem consciência da sua responsabilidade de governar aquele povo e, por isso, ora a Deus, pedindo a sua ajuda para poder cumprir a sua missão.

A oração de Salomão pode servir de modelo de oração para nós e, principalmente, para aqueles que, como Salomão, têm a responsabilidade maior na condução de nosso país.

Salomão começa a sua oração com um grande sentimento de humildade ao invés de se considerar acima e melhor dos que os outros. “Eu não passo de um adolescente – diz ele - que não sabe ainda como governar.”

Em seguida, pede a Deus: “dá ao teu servo um coração compreensivo - em hebraico, um coração que escuta - , capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal”.

Salomão não pediu riqueza material, nem longa vida, nem desgraça para os seus adversários políticos. Pediu a Deus a capacidade de escutar as necessidades do seu povo, de escutar a voz de sua consciência para discernir o bem e o mal e a coragem para agir com justiça.

Peçamos, hoje, pelos dirigentes de nosso país, do nosso Estado, do nosso município para que escutem as necessidades do povo, sobretudo, dos mais pobres. Que saibam discernir entre o bem e o mal e a coragem para governar com justiça para o bem de todos. Peçamos, para que nós todos, saibamos escutar, com atenção, a Palavra de Deus, por meio da qual Jesus nos fala, e a interpretar os sinais dos tempos; a escutar também, uns aos outros, em casa, no trabalho, nas comunidades. Escutar para conhecer melhor o outro e amá-lo mais.

As parábolas do evangelho de hoje nos falam da felicidade daqueles que aceitam Jesus Cristo e orientam sua vida, livremente, conforme os valores que Ele ensinou, que são sobretudo, o amor a Deus e o amor ao próximo.

Santa Teresa dizia, referindo-se a si mesma, que “quando buscava as coisas do mundo não se sentia feliz, porque ficava pensando nas coisas de Deus. E quando se ocupava das coisas de Deus também não era feliz, porque ficava lembrando das coisas do mundo. Somente experimentou a felicidade quando se entregou totalmente às coisas de Deus”.

Peçamos a Deus que nos dê, a exemplo da Virgem Maria, um coração aberto e dócil para discernir a sua vontade e a força para nos desprendermos daquilo que nos separa do amor de Deus e do amor ao nosso irmão.

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