A primeira leitura tirada do Livro do Levítico nos prepara para escutar e compreender melhor o Evangelho que foi proclamado há pouco.
No tempo de Jesus, a lepra além de ser uma doença grave, ela era motivo de exclusão social e religiosa. O leproso vivia em cavernas ou túmulos longe do convívio com a sociedade e também não podia participar do culto. O leproso naquela época vivia, portanto, não só longe dos homens, mas também, longe de Deus.
No livro do Levítico, do qual escutamos, hoje, somente um pequeno trecho, há dois capítulos que falam das normas que devem regular as relações com os leprosos.
No evangelho, percebemos a grande diferença de atitude tanto do leproso quanto de Jesus em relação a primeira leitura. O leproso se aproxima de Jesus e num gesto de humildade, ajoelha-se diante de Jesus e suplica: “Se queres, tem o poder de curar-me”. Jesus toca o leproso, correndo o risco de se contaminar. A confiança do leproso, sua humildade despertam a compaixão de Jesus. Jesus estendeu a mão, toco-o e lhe disse: “Eu quero: fica curado”. Jesus se solidariza com aquele homem e o cura, não por dinheiro, ou outro interesse qualquer, mas o faz, gratuitamente, e sem alarde.
Hoje, há pessoas anunciando curas, milagres por atacado, até pelo rádio e TV. E pior ainda, prometendo em nome de Deus, prosperidade, bens materiais, milagres, dependendo, é claro, da generosidade do doador, para receber o benefício de Deus. Deus nos ama infinitamente e gratuitamente, a ponto de seu filho Jesus dar a sua vida na cruz por todos nós pecadores. Ao contemplar Jesus crucificado, não podemos mais duvidar do amor de Deus por nós. Ele continua nos amando, dando-se como alimento e bebida para nós, em cada eucaristia, alimento e bebida de vida eterna.
Hoje, estamos inaugurando o Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida, missionário redentorista, conhecido e admirado em todo o Brasil, não só pela sua santidade, mas pelo seu trabalho pioneiro de evangelização através dos meios de comunicação, especialmente, da rádio Aparecida.
O processo de beatificação do Pe. Vitor já se encontra em Roma, na Congregação para a Causa dos Santos, aguardando o reconhecimento de um milagre obtido por sua intercessão, para ser declarado bem-aventurado pela Igreja.
Todo cristão, discípulo de Cristo, é chamado à santidade e esta consiste em sintonizar diariamente nossa vida com a vontade de Deus, conforme a vocação que abraçamos, seja como sacerdote, religioso, casado, consagrado no mundo. “Ser santo, como dizia, o Pe. Vitor, é viver na graça de Deus, em comunhão íntima com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A graça santificante nos torna parecidos com Deus. Viver na graça santificante é viver já, aqui e agora, na fé, a presença de Deus em nós, e nós Nele, presença que, após esta vida terrena, se manifestará plenamente. Se pudéssemos ver alguém penetrado pela graça santificante,pensaríamos estar vendo o próprio Deus, afirmava o Pe. Victor Coelho.
Que o exemplo dos santos e santas, em particular, do Pe. Victor no leve a viver uma vida santa, que é a vocação fundamental de todo cristão, pois fomos criados para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo e gozar de sua visão na eternidade. Esta é a meta de nossa vida e não realizá-la seria, certamente, o maior fracasso de nossa existência.
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