terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

4º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional


O evangelho que acabamos de escutar é continuação do capítulo 4 do evangelho de Lucas, cujo início foi lido no domingo passado. Se vocês   se recordam, Jesus, segundo o  evangelho de domingo passado, foi a sinagoga, em Nazaré e lhe deram o livro do profeta Isaías para ler. Jesus leu um texto do profeta em que está escrito. “O Espírito  do Senhor  está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção  para anunciar a boa-nova aos pobres; proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor”. E  Jesus acrescentou: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”

Jesus é aquele a quem o profeta Isaías se referiu. Ele se apresenta como o profeta. Aquele que anuncia a presença do Reino e como Filho de Deus e Messias  realiza o projeto salvador de seu Pai, prometido no Antigo Testamento. 

O profeta Jesus começa o seu caminho na Galiléia, mas vai consumá-lo em Jerusalém, onde dará a sua vida para a nossa salvação e ao ressuscitar, ele confiará aos apóstolos e aos seus sucessores, portanto, à Igreja, a missão de anunciar,  com a assistência do Espírito Santo, o seu Evangelho a todos os homens.  No início de sua missão, Jesus, como o profeta Jeremias, enfrentou a reação contrária de seus conterrâneos e até de seus familiares. “Todos na sinagoga ficaram furiosos e quiseram lançá-lo do alto de um monte num precipício, para matá-lo”. O verdadeiro profeta não é aplaudido porque ele não fala para agradar os outros, mas para iluminar com o seu testemunho e com a palavra de Deus a vida  das pessoas.

Pelo batismo, somos Igreja e por isso participamos também da missão profética de Cristo e devemos   procurar anunciar a Jesus Cristo no mundo de hoje pelo testemunho de vida, sobretudo o do amor, e pela palavra. 


É missão de todo batizado, de todo discípulo de Jesus, ensinar alguém para levá-lo à fé, respeitando, evidentemente, a consciência   das pessoas sem impor-lhes a nossa proposta.

Assim como Jesus, os apóstolos tiveram que enfrentar oposição a sua pregação, assim também, a Igreja,  o cristão, hoje, serão  muitas vezes, incompreendidos, rejeitados e até perseguidos por causa do Evangelho que anunciam. É em Deus, como rezamos no salmo responsorial, há pouco, que a Igreja, nós cristãos, encontramos a força para suportar e enfrentar as dificuldades para vencer o medo e superar os obstáculos à nossa missão. “Não tenhas  medo, disse o Senhor ao profeta Jeremias, senão eu te farei tremer na presença deles. Eu estou contigo para defender-te.” 

Estamos no Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI e neste ano somos convidados, de modo particular, a aprofundar nossa fé em Jesus Cristo e a testemunhá-la na vida diária com coragem e alegria na sociedade de hoje. 

Peçamos a Deus, por intercessão da Virgem Maria, que nos dê coragem, firmeza em nossa fé para não nos abatermos diante das dificuldades em nossa missão de levar Jesus Cristo e seu evangelho  a todos os ambientes nos dias de hoje, para colaborar no plano  de salvação do mundo.

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