quarta-feira, 13 de março de 2013

Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa


Com a Quarta-Feira de Cinzas e com a Campanha da Fraternidade inicia-se a Quaresma, tempo de preparação para a grande festa da Páscoa, coração do Ano Litúrgico. Esse tempo litúrgico se encerrará com o Domingo de Ramos que nos introduzirá na celebração do mistério pascal de Cristo: a sua morte, ressurreição, ascensão e o dom do Espírito Santo em Pentecostes. 

Toda festa exige preparação e quanto mais importante e grandiosa, tanto mais longa e cuidadosa deve ser a preparação. Às vezes, a festa  é tão importante que a sua celebração se prolonga por vários dias. Assim sucede com a Páscoa que é precedida por um período de quarenta dias de preparação, a Quaresma, e a sua celebração prossegue por mais cinquenta dias, durante o chamado  tempo pascal. Se não existisse a Páscoa, não existiria a Quaresma.

A Quaresma deve ser para cada um de nós um convite para sintonizar nossa vida com a de Jesus. É isso que significa a palavra conversão, que é a tradução da palavra grega , “metánoia”, que quer dizer mudar a maneira de pensar e de ver as coisas  para pensar e ver as coisas conforme  Jesus nos revela com suas palavras e sua vida. Converter-se é passar de uma vida distante de Deus, da Igreja e do amor ao próximo para viver conforme o caminho de Jesus.

Aliás, a palavra Páscoa vem do hebraico e do aramaico “Pesah, Pasha” que, segundo São Jerônimo e Santo Agostinho, significa “passagem”. A Páscoa de Israel é a celebração da passagem da escravidão do Egito para a liberdade do deserto e da Terra prometida. A Páscoa de Jesus é a passagem da morte para a nova vida do Ressuscitado.

A nossa Páscoa deve ser a de realizar a Páscoa de Cristo em nossa vida: passar da escravidão à liberdade, das trevas à luz, da morte à vida, do pecado à graça. 

O mês de março também será marcado por um acontecimento de grande importância para  a Igreja: a eleição de um novo Papa, que sucederá ao Papa Bento XVI.  Os Cardeais do mundo inteiro, com idade até 80 anos, se reunirão no Conclave para prestar este serviço à Igreja. Provavelmente, até a Páscoa, poderemos dizer, com alegria:  “Habemus Papam”.  

Peço, pois, as orações de todos os fiéis para que, inspirados pelo Espírito Santo, nós, os Cardeais, reunidos em Conclave, possamos, buscando o bem da Igreja e do mundo,  cumprir esta importante tarefa que ora nos é confiada.  

Ao Papa Bento XVI que encerrou no dia 28/02 seu ministério petrino,  nossas orações, nosso respeito e nossa eterna gratidão pelos 8 anos de profícuo Pontificado.

4 comentários:

  1. Bom dia D. Damasceno.
    Que a Paz do Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja consigo e os teus.
    Meu prezado irmão,
    Gostaria apenas de como leigo no assunto, e me perdoe se de alguma forma ofender.
    Não é esta minha intenção.
    Mas estive questionando por esses dias sobre a Justiça, o Mérito, e o Reconhecimento àqueles que trilham os caminhos do Cristo.
    Fiquei bastante aborrecido e chocado com a escolha de um "pastor" e não de um Pastor por um partido desconhecido chamado PSC, para ocupar o cargo de presidente da Comissão dos Direitos Humanos das Minorias. Não deveria estar ali, alguém que faz parte dos excluídos?
    Conheço a trajetória do indivíduo que ora ocupa tal cargo.
    Agora, a escolha do papa argentino... Não bastavam todas as glórias que essa nação já carrega em detrimento de países mais pobres?
    Quais foi o critério para escolhê-lo?
    E porque não D. Odilo Scherer, filho da nação mais católica da América Latina?
    Confesso ao senhor que não tenho religião, embora minha família seja da Igreja Batista.
    Porém desde criança os ensinei a respeitar a fé dos irmãos católicos, bem como dos espíritas, judeus, islâmicos e ateus.
    Mas D. Damasceno, se a Igreja quer imitar os passos de Jesus, por que não escolheram um papa AFRICANO? Ou então, porque não escolheram D.Odilo? A Argentina é um país de um povo culturalmente rico, se comparados com a África, ou mesmo ao Brasil, onde a miséria é maior, e onde a Igreja Católica perdeu muitos adeptos.
    Seria uma oportunidade ímpar para que a igreja católica se fortalecesse novamente!
    Caso D. Odilo tivesse sido escolhido, quem sabe muitos que estão afastados da Igreja católica não teriam retornado?
    Cadê o exemplo? Se não fosse D. Odilo, um papa africano não seria a melhor escolha e uma REVOLUÇÃO PARA O BEM, DENTRO DO SEIO DA IGREJA CATÓLICA?
    Dom Damasceno, percebo que depois da escolha deste papa, e mesmo com diferenças religiosas, somos brasileiros, e amamos este país com todas as suas falhas!
    Meu caso e o de muitos brasileiros por exemplo.
    O Senhor pode não acreditar, mas vi protestantes TORCENDO POR D. ODILO! Não é um bom sinal?
    Um fraterno abraço, e que Deus continue o iluminando.

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