quinta-feira, 10 de março de 2011

Quarta-feira de Cinzas - Santuário Nacional


Com a bênção e a imposição das cinzas a Igreja inicia a caminhada para a Páscoa, durante os quarenta dias da quaresma.

As cinzas são símbolo da fragilidade da vida humana, da condição mortal do ser humano e também símbolo da nossa condição de pecadores e a necessidade da conversão, da mudança de vida para chegarmos a experimentar as alegrias da Páscoa, do Cristo Ressuscitado.

O evangelho de hoje nos recomenda cultivar de modo especial, nesta quaresma, três atitudes que são de certo modo, praticadas também em outras religiões: a esmola, a oração e o jejum. Por isso, a quaresma é um tempo de graça para todos nós.

Este tempo nos convida a avaliar nossa vida, à luz da palavra de Deus, nas suas relações com Deus, com o próximo e com o mundo, para ver em que podemos melhorar para crescer na comunhão com Deus, em Cristo e sob a ação do Espírito Santo e na comunhão também com o nosso próximo. Este tempo é um tempo propício para nos aproximarmos do sacramento do perdão, que é a confissão e de nos dedicarmos mais a oração, alimentada na palavra de Deus, contida na Sagrada Escritura.

É tempo de nos exercitarmos mais na prática da caridade, do amor ao nosso próximo. E a Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a levar uma vida mais simples, mais sóbria, evitando o supérfluo, o desnecessário, o desperdício para que todos possam participar dos bens da criação que Deus destinou a todas as suas criaturas. Temos o dever de cuidar do planeta terra, que Deus nos deu como a morada comum de todos nós; para o cristão, além de ser um dever cuidar da terra, é também uma questão de fé, pois acreditamos que nosso Deus é o Criador de tudo o que existe: a terra com suas plantas, os animais, e o seus recursos naturais, a água e o ar. Deus é o criador e a nós, Ele confiou o cuidado, a administração de toda a sua obra. Ao criar o homem da argila da terra e ao insuflar-lhe o hálito de vida conforme narra o livro do Gênesis, Deus ligou a existência do homem à terra e colocou no seu coração um desejo de comunhão com o infinito, que só o Criador pode satisfazer. “O nosso coração está inquieto, afirma Santo Agostinho, e só encontrará repouso em Deus”.

Preparemo-nos para a celebração da Páscoa e procuremos viver a proposta da CF, “contribuindo, dentro da nossa possibilidade e responsabilidade, na busca de caminhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições de vida no planeta.”

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