segunda-feira, 8 de agosto de 2011

19º Domingo do Tempo Comum - 07.08.2011 - Santuário Nacional


A primeira leitura e o evangelho de hoje, apresentam-nos dois modelos de fé: o profeta Elias e o apóstolo Pedro. Ambos vão viver a experiência do encontro pessoal com o Senhor. Elias com o Senhor Deus, aquele que é inacessível, que não se pode ver nem tocar, Aquele que está acima de tudo o que é humano. Pedro encontra com Jesus, “o Deus Conosco”. Com Jesus a separação entre o céu e a terra foi superada. Os apóstolos conhecem bem o homem Jesus, seu Mestre e amigo, mas a surpresa de vê-lo caminhar sobre as águas e o medo da tempestade e a escuridão da noite os faz duvidar. Pensaram que fosse um fantasma. Quem pode andar sobre a água, senão Deus! E Jesus na condição de ressuscitado podia realizar esse prodígio.

Somente após ouvir a voz de Jesus: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”, é que Pedro dirige a palavra a Jesus num tom desafiador: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”! “Vem”!, disse-lhe Jesus.

Pedro confiou na palavra do Mestre e arriscando a vida, desceu da barca e começou a caminhar sobre a água. Pedro teve medo, começou a afundar e gritou por socorro: “Senhor, salva-me”! Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste”?

A barca agitada pelo vento sempre foi vista como a imagem da Igreja que ao longo da história tem enfrentado dificuldades sem jamais naufragar, pois Jesus estará sempre com sua Igreja até o fim dos tempos. Ele deu aos apóstolos e aos seus sucessores, o Papa e os Bispos, o poder e a autoridade para conduzir sua Igreja, e garantiu que as potências do Mal não prevaleceriam contra ela. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Podemos também aplicar essa imagem da barca açoitada por fortes ventos a cada um de nós. Em nossa vida temos que enfrentar dificuldades, tribulações de toda sorte, e nesses momentos somos tentados a pensar que Deus se esqueceu de nós. Que ele está longe de nós, como Jesus parecia estar longe dos apóstolos naquela travessia do lago de Genesaré. Mas não é assim. Deus é o nosso criador, é o nosso Pai e, em Jesus, ele nos manifestou que nos ama infinitamente. Jesus é nosso amigo e caminha conosco e se invocarmos a Deus em seu nome, Ele sempre nos atenderá. Não devemos nos esquecer que as dificuldades pelas quais passamos servem, muitas vezes, para colocar à prova nossa fé e nossa confiança em Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário