segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Novena da Festa de Nossa Senhora da Piedade - Lorena


Agradeço, de coração, ao Pe. Rivelino Nogueira, cura da Catedral de Lorena, pelo amável convite que me fez para presidir esta Santa Missa, no 5º. dia da solene novena em preparação da Festa de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade e da diocese de Lorena, neste ano jubilar da diocese que celebra seus 75 anos de criação, tendo a sua frente seu 8º. Bispo, Dom Beni Benedito dos Santos. Parabéns a Dom Beni, ao clero e a todo o povo de Deus desta Diocese.

Hoje celebramos a festa de São Lourenço, diácono da Igreja de Roma e mártir durante a perseguição do imperador Valeriano, no século III. Lourenço era o responsável pelo serviço da caridade aos pobres de Roma e pela distribuição da Eucaristia. Seu amor aos pobres atraiu  a cobiça das autoridades da cidade de Roma que exigiram de Lourenço a entrega de todos os seus bens e tesouros. 

Quando um funcionário, por ordem da autoridade romana, foi buscar os tesouros na Igreja, onde servia Lourenço, ele encontrou o salão da Igreja repleto de pobres. Lourenço voltou-se para o enviado da autoridade romana e apontando para os pobres, exclamou: “Estes são os tesouros da Igreja!”

Na primeira leitura de hoje, Paulo exorta os Coríntios a colaborarem com a coleta em favor da Igreja de Jerusalém que estava passando necessidade. Deus não se deixa vencer em generosidade e “aquele que semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”, diz São Paulo.

No evangelho, por meio da imagem do grão de trigo lançado à terra, Jesus fala do sentido de sua morte: ela não será estéril, mas vai produzir muitos frutos. Pela paixão e morte, Jesus chegará à glória. “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, ele continuará só um grão de trigo; mas se morrer, então, produz muito fruto.” A mesma sorte cabe aos discípulos de Jesus. O egoísmo destrói o sentido da vida e a dimensão da vida humana  fica limitada e sem sentido ao fechar-se dentro dos limites deste mundo. Quem dá um sentido transcendente a sua vida e procura fazer dela uma entrega a Deus e aos irmãos, encontra razão para viver e salva sua vida para além deste mundo e assegura a vida eterna. “Para  nós, é Cristo que dá um novo horizonte à vida e com isso uma orientação definitiva” (Bento XVI).

Jesus nos fez filhos de Deus pelo Espírito Santo derramado em nossos corações e a realização máxima da existência cristã consiste nessa vivência trinitária de “filhos no Filho”. A Virgem Maria por sua fé e obediência à vontade de Deus e por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus é a discípula mais perfeita do Senhor (DA  26). Ela é também a grande missionária. 

Qual primeiro sacrário da história humana ao levar no seu seio o Verbo encarnado, Maria foi portadora da salvação para a família de sua prima Isabel. “Quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, disse Isabel a Maria, a criança estremeceu de alegria em meu ventre.”

A Virgem Maria é continuadora da missão de seu Filho Jesus e formadora de discípulos missionários. Nos diversos santuários marianos espalhados pelo mundo a fora, Maria continua a atrair multidões de fiéis que encontram nela a inspiração mais próxima para aprenderem como ser discípulos missionários de Jesus.  Maria é  a mãe e modelo de todo discípulo missionário de Jesus Cristo. 

Por isso, o Papa Bento XVI nos dizia em Aparecida: “Maria Santíssima, a Virgem pura e sem mancha, é para nós escola de fé, destinada a nos conduzir e a nos fortalecer no caminho que conduz ao encontro com o Criador do céu e da terra. Permaneçam na escola de Maria, disse Bento XVI,  inspirem-se em seus ensinamentos. Procurem acolher e guardar dentro do coração as luzes que Ela, por mandato divino, envia a vocês a partir do alto.”

Maria, mãe, discípula e missionária de Jesus,  ajudai-nos a nos tornarmos, cada vez mais, discípulos e missionários de vosso filho Jesus Cristo. 


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