sexta-feira, 30 de abril de 2010

A vocação materna da mulher


Maio, “mês de Maria” e também mês no qual se comemora o “Dia das Mães”. Falar de Maria e das Mães é falar da vocação originária da mulher: a maternidade. A missão e vocação central da Virgem Maria, na história da salvação é a de ter sido escolhida para ser a mãe de Jesus, o filho de Deus. “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o santo que nascer será chamado o Filho de Deus”, e Maria disse: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,31,35-38) .

O Documento de Aparecida afirma que “o ministério essencial e espiritual que a mulher leva em suas entranhas é receber a vida, acolhê-la, alimentá-la, dá-la à luz, sustentá-la, acompanhá-la e desenvolver seu ser mulher criando espaços habitáveis de comunidade e comunhão” (DA 457). A mulher traz no seu coração a vocação materna. A maternidade da mulher não se limita, é claro, ao plano biológico. Ser mãe, como também ser pai, é mais do que simplesmente gerar um filho para o mundo.

Os pais que não podem gerar filhos, podem ser pais no plano espiritual, exercendo a fecundidade “do coração”, assim como aqueles que renunciam ao casamento, por causa do Reino de Deus. Todos nós fomos criados por amor e para o amor, por isso a vocação originária e única do homem e da mulher é ser imagem do Deus amor, do Deus Pai e Mãe, na expressão de João Paulo I, através do serviço aos demais. “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27).

Ninguém nasceu para ser estéril, para ocupar inutilmente um espaço na terra, pois quem ama verdadeiramente sempre produz frutos. A dimensão materna como a paterna podem se realizar não só na geração e educação dos filhos, mas também de outras maneiras: na adoção de crianças, no trabalho com os doentes e idosos e de muitas outras formas. No dia de hoje, a mulher está assumindo cada vez mais funções importantes na política, na cultura, na sociedade em geral, mas é importante que ela não se esqueça da sua identidade, a sua dimensão materna, que se traduz no testemunho de valores tão importantes para a sociedade: disponibilidade, serviço, defesa da vida, ternura, atenção, companheirismo e colaboração.

Parabéns a todas as mães, em especial, as mães da Arquidiocese de Aparecida

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