segunda-feira, 3 de setembro de 2012

15 anos do Shalom em Aparecida - Santuário Nacional


Neste domingo, os textos do livro do Deuteronômio e do Evangelho, que acabamos de escutar nos falam das orientações que Deus nos deu  para nos guiar em nossa vida. São orientações sábias que se observarmos seremos mais felizes, viveremos  melhor.

Na primeira leitura do Deuteronômio, Moisés exorta o seu povo a guardar e a colocar em prática os mandamentos recebidos do Senhor Deus, no monte Sinai, “porque neles está a vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todos estas leis, digam: “Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação”.

No evangelho, Marcos nos apresenta Jesus criticando o legalismo excessivo dos fariseus e mestres da lei. Estes censuraram a Jesus porque seus discípulos “comem o pão sem lavar as mãos.”
No lugar da pureza exterior, das purificações externas, Jesus valoriza a pureza interior, a pureza do coração, que, na Bíblia, designa a consciência, o lugar onde nascem as decisões fundamentais que norteiam a nossa vida. “O que torna o homem impuro não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as coisas más que tornam impuro o homem.”

Os mandamentos, as bem-aventuranças devem ser para nós normas que nos mostram o caminho do bem, da felicidade, da nossa realização, enquanto pessoa humana, e, portanto, uma demonstração do amor de Deus para conosco. Os mandamentos são dom de Deus para  nós. 

Hoje o perigo parece não ser o legalismo, mas uma falsa defesa e exaltação da liberdade que considera qualquer preceito ou norma como imposição, opressão, destruidora do homem e de sua liberdade pessoal.
Corremos o risco de sermos como os fariseus e os doutores da lei, no tempo de Jesus, isto é, o de nos preocuparmos somente com o nosso exterior, com a nossa aparência, e nos esquecermos de nosso interior, do nosso coração. É importante aparecer, mas muito mais importante, é ser,  é a nossa identidade.

É preciso estar atento àquilo que está arraigado, incrustado no nosso coração, porque nós agimos de acordo com as idéias, as motivações, as convicções que alimentamos no íntimo do nosso coração, da nossa consciência.

Se alimentarmos o nosso coração com a palavra de Deus, com as atitudes e  gestos de Jesus, se nas nossas relações com o próximo, veremos nele um irmão, criado à imagem e semelhança de Deus, igual em dignidade, seremos melhores e o mundo será melhor, em nossa volta também.  

Na semana passada, encerramos o mês vocacional e começamos o mês de setembro, o mês da Bíblia. Neste ano, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética propõe um estudo e leitura orante do evangelho de Marcos, sob a ótica do discipulado e da missão. Que a leitura e a meditação do  Evangelho de Marcos nos ajude a ser cada vez mais discípulos missionários de Jesus Cristo.  A escolha acertada da vocação é fundamental para a nossa própria realização e dela depende igualmente o bem que podemos e devemos fazer aos outros e à sociedade.. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário