domingo, 29 de abril de 2012

Dia Mundial de Oração pelas Vocações - Santuário Nacional

Neste 4o. domingo da Páscoa, no texto do Livro dos Atos dos Apóstolos que acabamos de escutar, Pedro nos apresenta Jesus como o fundamento de toda a nossa vida, porque ele é o único que nos salva.

Ele é a pedra angular da qual depende a estabilidade, a unidade e a coesão da Igreja. Não há salvação em nenhuma outra pessoa a não ser em Jesus Cristo. No trecho do evangelho de hoje, o mais significativo do cap.10 do evangelho de João, Jesus se auto-define como o Bom Pastor. Para as primeiras gerações de cristãos essa imagem do Bom Pastor referia-se ao Cristo ressuscitado, o verdadeiro Pastor.

 Com efeito, Jesus com a sua morte e ressurreição, deu-nos por meio do Espírito Santo, a vida nova no batismo, tornando-nos filhos de Deus e participantes da natureza divina. Jesus é o único e verdadeiro pastor, aquele que se solidariza e ama as suas ovelhas, que somos nós, a ponto de dar sua vida por nós, livremente e por amor. Ele continua a entregar-se por nós em cada Eucaristia, que é a atualização sacramental de sua morte na cruz.

 Dentre os batizados, Deus chama as pessoas para diferentes vocações e, em particular, ele chama alguns homens para o ministério sacerdotal, que a exemplo de Jesus, o Bom Pastor, se dedicam ao anúncio da Palavra, à celebração dos sacramentos e ao ministério pastoral. Chama, igualmente, outras pessoas à vida consagrada, que se entregam total e exclusivamente ao seguimento de Cristo por meio da vivência dos conselhos evangélicos de obediência, castidade e pobreza e desempenham diversos serviços pastorais no campo da educação, da saúde, da formação e promoção humanas. O Papa Bento XVI, na sua mensagem para este Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado neste Domingo do Bom Pastor, convida-nos a refletir sobre o tema: “As vocações dom do amor de Deus.” Cada vocação específica é dom do amor de Deus.

É Deus quem realiza o primeiro passo; é Ele quem nos chama; nos chama não porque viu em nós um merecimento especial, mas em virtude do seu próprio amor derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. A causa da resposta ao chamado de Deus é o amor a Deus e ao próximo, sobretudo, às pessoas mais necessitadas, mais pobres. O Santo Cura D’Ars, São João Maria Vianney, gostava de dizer “o padre não é para si mesmo, mas ele é padre para os outros”. As vocações para o sacerdócio ordenado e para a vida religiosa são despertadas no seio da família, no contato com a palavra de Deus na Sagrada Escritura, na oração pessoal e comunitária e, sobretudo, na Eucaristia, expressão perfeita do amor de Deus para conosco e onde se compreende a beleza de uma vida totalmente doada a serviço do Reino de Deus. Deus chama, também, pessoas, e é a maioria, para a vocação matrimonial.Hoje, este domingo, está marcado por dois eventos realizados aqui no Santuário Nacional: o 2º. Simpósio da Família e a 4ª Peregrinação Nacional das Famílias, com o tema: “Família: Trabalho e Festa”.

Estes dois eventos estão em sintonia com o Encontro Mundial das Famílias, a realizar-se na cidade de Milão, Itália, no início do mês de junho. O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias. O trabalho, a festa fazem parte essencial da vida humana. Por meio do trabalho intelectual ou corporal, o homem continua a obra criadora de Deus. O trabalho aperfeiçoa e desenvolve as capacidades do homem e, além disso, é uma maneira do homem prestar um serviço ao próximo, à sociedade, com seu trabalho profissional competente e honesto. Infelizmente, hoje em dia, numa sociedade individualista, egoísta, o trabalho vem perdendo essa dimensão humana e é visto quase sempre em função do lucro que ele pode dar.

Os pais, muitas vezes, só estimulam, ou até, forçam os filhos a escolher uma profissão pensando apenas no dinheiro, na demanda do mercado e não na realização do filho ou da filha e no bem da sociedade. Muitos deles se frustram e abandonam mais tarde, a carreira que lhes foi imposta. A festa, também, faz parte da vida da família, pois há muitos acontecimentos, datas que devem ser celebrados com alegria pela família cristã: os aniversários de nascimento, de casamento, a formatura, certas festas, como o domingo, o Natal, a Páscoa, a Festa do Padroeiro, a festa de fim de ano, etc. A festa é uma parada na vida cotidiana da família para celebrar a própria vida que é dom de Deus, conviver, descansar e recobrar nova energia para prosseguir juntos com esperança na caminhada. É importante, que a família reflita sobre essas duas dimensões da vida e procure recuperar o verdadeiro sentido do trabalho e da festa na família e harmonizar essas duas exigências da vida humana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário